Nada é mais ilusório, no meu entendimento, do que a busca pela igualdade da espécie humana. Doutrinas que pregam a igualdade, norteadoras de várias Revoluções, se estudadas sob outros olhares, demonstram um progresso humano que ficou estacionário, eu diria até, que houve uma involução da alma humana, porque poucos estavam conscientes do porque lutavam... e sem consciência não há conquista.
A busca pela igualdade na vida física e social é um objetivo a ser perseguido, pois é preciso acreditar nessa justiça, mas ainda assim, creio ser uma luta quase pessoal... Mas igualdade na vida intelectual e moral jamais serão conquistadas. Igualdade universal de inteligência e virtude? Nunca! Jamais a humanidade gozará de uma lei da igualdade universal... Se nivelarmos todos hoje, estaremos preparando o terreno para a tirania de amanhã. Em toda a criação, a primeira lei da natureza é a desigualdade... Para que o mundo se torne habitável, temos o verme e os astros, Hitler e Madre Tereza de Calcutá... Quem só aspira a igualdade é incapaz de gozar a liberdade. Tanta igualdade deixaria o mundo sem um mestre. Creio eu, que essa perspectiva seria desesperadora para a humanidade! Se todos conhecimentos e verdades fossem pregados a todos os seres humanos igualmente, amanhã já haveriam uns sabendo algo mais do que o resto. Porque é assim? Não sei. Mas percebo que é.
O grande mal dos relacionamentos humanos passa por aí... a maioria das pessoas cria a ilusão de que, para ser feliz, precisa encontrar a "cara metade", portador de características comuns à sua, de virtudes semelhantes, de base familiar similar. Grande erro... Para começar, no amor é impossível fazer uso de uma racionalidade tão contundente... Se fizer, não é amor. E para continuar, relacionamento humano, principalmente o romântico, é a maior fonte de aprendizado que temos acesso aqui na Terra. Frequentar uma escola e esquivar-se das dificuldade inerentes ao aprendizado é sinônimo de estacionar! É ficar na tal involutiva zona de conforto. Relacionar-se pede humildade, mas na contra-mão do aprendizado, os casais parecem disputar entre si, o pódio... Na classificatória, esperam do outro, nobreza de atitudes, gestos, sonhos, e na eliminatória, exigiram do outro um passado ilibado, uma vida de perfeita lisura... Jogam fora a chance de uma ajuda mútua onde ambos crescem e, quase sempre, florescem.
Enfim, buscar uma lei da igualdade em um mundo inteiramente formado de pólos opostos, do qual depende sua existência, é no mínimo, um contrassenso(não acostumo com esse novo acordo ortográfico...).
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