Hoje vi uma charge onde um Papai Noel perguntava a um garoto "o que você quer de natal" e ele respondia "ser feliz", e então, o Noel aparece no próximo quadrinho, sem suas roupas típicas, bebendo e desempregado.
Tão simples e tão complexo. Afinal quem não quer ser feliz? Até mesmo, a variada lista de pedidos de Natal, visa à felicidade. É uma multidão que pensa que aquele último modelo de celular, o fará feliz. E fará mesmo. Por uns... três meses, talvez. Vejo pais se sacrificando ao limite para presentear o filho com tudo o que ele deseja ter. Fazem isso por acreditar que estão lhe ofertando felicidade. E estão certos. Seus filhos estarão felizes, pelo menos até o momento em que tudo aquilo que ganharam, deixar de ser novidade.
Tão simples e tão complexo. Afinal quem não quer ser feliz? Até mesmo, a variada lista de pedidos de Natal, visa à felicidade. É uma multidão que pensa que aquele último modelo de celular, o fará feliz. E fará mesmo. Por uns... três meses, talvez. Vejo pais se sacrificando ao limite para presentear o filho com tudo o que ele deseja ter. Fazem isso por acreditar que estão lhe ofertando felicidade. E estão certos. Seus filhos estarão felizes, pelo menos até o momento em que tudo aquilo que ganharam, deixar de ser novidade.
O ser humano só fica saciado até a página 2, depois precisa de mais. E é um poço sem fundo. E sem rumo. Isso me lembra uma passagem do livro Alice no País das Maravilhas. Alice está perdida, andando naquele lugar e, de repente, vê no alto da árvore o gato. Só o rabão do gato e aquele sorriso. Ela olha para ele lá em cima e diz:
"Você pode me ajudar?"
"Sim, pois não."
"Para onde vai essa estrada?" pergunta ela.
"Para onde você quer ir?" ele respondeu com outra pergunta
"Eu não sei, estou perdida" ela disse.
"Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve" diz o gato.
É isso.
É isso.
O ser humano me parece bem representado por aquele personagem inglês que tem "cara" de desorientado "Onde está Wally?". É o que a humanidade faz quando investe ilimitadamente no que é efêmero, e dedica, quando muito, brevíssimos sopros de vida, ao que é eterno.
Sempre questiono meus alunos sobre qual a única certeza que temos na vida. A maioria tem a resposta na ponta da língua: "a morte". A pergunta seguinte é s "e quando morremos o que iremos levar?"
Ao contrário do que dizem, eu defendo que a felicidade pode ser comprada. Tudo depende da escala de valores da pessoa. Para quem se sente saciada por um par de diamantes, um conversível, uma bolsa de grife, ao compra-los estará, automaticamente, comprando sua felicidade. Momentânea, eu diria. Mas não deixa de ser felicidade. Para quem um corpo perfeito é sinônimo de felicidades e para tanto luta com unhas e dentes, academias e bisturis, ao obtê-lo, obteve a felicidade, ainda que não seja o bastante. Enfim, tudo é válido. Só não vejo lógica de tanto investimento ao que, invariavelmente, terá que ser deixado para trás (no exemplo dado, o corpo que ficará sob a terra e as joias q serão, com sorte, divididas pacificamente em família), em detrimento do que levaremos para toda a eternidade. Se conseguirmos responder a essas duas perguntas já teremos um caminho e poderemos até mesmo manter o emprego do Papai Noel, porque o caminho do meio sempre foi o único correto.