Esse
final de semana foi regado a separações. Uma amiga, cujo namorado foi embora
porque “queria sossego”, o filho de um amigo, cuja “namorida” após cinco anos
de relação, se cansou e uma amiga que foi “chutada” do dia para noite por um
cara que lhe jurava amor, sistematicamente, há mais de dez meses.
Todos
tinham uma mesma pergunta: “Porque prometeram eternidade, fidelidade,
cumplicidade se não podiam cumprir?”
Sou
da opinião que, pessoas normais e bem intencionadas, não fazem promessas que já
sabem, de antemão, que não cumprirão, isso é coisa dos sociopatas e do mau
caráter.
Promessa
é algo intrínseco ao amor. Amor sem promessas não é amor.
Todo
relacionamento romântico nasceu das juras trocadas sob olhares apaixonados,
corações disparados, emoções à flor a pele, ainda que tenham durado eternos
dois meses.
O
mais antigo ritual que celebra a união de um casal se dá a partir de uma
promessa (e que promessa!) – “na saúde e na doença, na alegria e na tristeza,
até que a morte separe”.
Por
que prometemos? Porque temos esperanças, porque sonhamos, porque projetamos,
porque o amor faz perder tanto a noção da realidade que os casais chegam a
prometer um ao outro, amor eterno. Como? Se nem nós somos eternos?
Dói
quando acaba, dói mais ainda quando aquele projeto a dois termina para o outro,
mas continua para você. É esse o momento onde se questiona sobre onde foram
parar as juras de amor.
Dizem
que quanto menos expectativas, menos chance de frustrações. Verdade. Só não dá
para esquecer que o que faz o sol brilhar mais, o chão ficar mais macio e o ar
mais leve são justamente as promessas. Elas que nos motivam, nos levam a sorrir
à toa, a ver cor em tudo, a ter um ânimo renovado a cada manhã. E, por mais que
diante do final, tudo pareça ter sido em vão, não foi.
Promessa
de amor parece mesmo que foram feitas para serem descumpridas, mas antes já
cumpriram a função de um momento bom – traduziram sentimentos e te fizeram
feliz.
(http://www.marcelolopes.jor.br/blog/artigo/1166/promessas-de-amor-foram-feitas-para-serem-descumpridas)
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