O blogger é atualizado de acordo com as batidas do meu coração. É um prazer tê-los comigo.

domingo, 9 de junho de 2013

Aos meus leitores

Chegou a hora de me recolher, para me nortear e me curar. Largar esse caminho sombrio que quase me convenceu que sou pior do que realmente sou. Quando percebi que eu estava duvidando de mim mesma, entendi que o cenário enlouquecedor, onde me encontrava, estava me confundindo e me levando a quase me perder. Por vezes me olhei como alguns desses olhos alheios que nunca conseguiram perceber quem sou eu, e  acabei quase acreditando neles, e vendo em mim, uma pequenez que nunca foi minha. Fui imprudente, embrenhei pelo desconhecido e, quando me dei conta, estava dentro de um labirinto. Enganei-me no volume,  massa,  temperatura,  densidade e a pressão, enfim, todas as minhas "unidades de medidas" falharam... Jamais havia errado com tamanha intensidade. Meus olhos enxergaram o que não existia. Como pude sentir tão profundamente onde tudo era raso? Falhei em gênero, número e grau. Todos os meus sentidos me enganaram. Até mesmo a minha racionalidade.  Preciso agir para evitar que me esmaguem ainda mais. E, principalmente para continuar a caminhada que me levará à saída definitiva dessa estrada. Em uma ou outra situação da minha vida pulei do 13ª andar  sem rede de proteção. Me arrebentei. Mas me perdoei rápido, pois era um período onde ainda tateava a vida. Mas dessa vez está difícil entender como pude pular do 40º andar de costas e, sem nenhuma proteção, e por mais de uma vez. Todos me consideram tão madura, sensata, coerente, equilibrada... Inexplicável minha atitude tão irresponsável. Até outro dia eu ainda me defendia de minha auto punição. Hoje não posso mais. Não tenho absolutamente ninguém a quem culpar, a não ser eu mesma. Me absolvi, pois preciso de mim para achar essa saída... Para tanto, penso em quem sou eu, em quantas pessoas me respeitam, me amam, me têm consideração e me são leais. Tenho precisado de reforço. Ficar perto de quem me admira para que eu possa retornar mais rápido. Bom, como forma de me ajudar a finalizar esse processo, preciso deixar de fazer o que mais amo nessa vida - escrever no meu blog. Um blog que criei a três anos, independente de qualquer tipo de envolvimento paralelo. Meu blog é fato, é sério, é só meu. Agora, estou privada de escrever nele. A vida é assim. A gente erra e paga. É a lei. Jamais o encerraria, o manterei aberto, continuarei recebendo e respondendo os desabafos dos leitores, mas não vou escrever mais. Ainda não sei por quanto tempo. Mas preciso que seja assim. O que sempre significou a minha cura, tornou-se meu tormento. Minhas palavras servem hoje como peças de um quebra cabeças, onde muitas vezes sou eu a magoada, e noutras magoo. E como nada mais faz sentido para mim, nesse imenso jogo de encaixe, não tenho a mínima intenção de dar elementos que façam crescer o tormento alheio. Não costumo dar a outra face, mas também nunca dou o troco. Não é porque estou me sentindo magoada e desrespeitada que farei o mesmo. Jamais. Me agarro dia e noite para não ceder à tentação de acreditar que sou melhor que muita gente. Certamente não sou. Sou só mais uma em meio à multidão. Mas gosto de quem sou, gosto daquilo que me esforço para me tornar dia a dia. Minha existência só faz sentido porque busco a única coisa que, de fato, existe para mim nessa vida - a minha evolução. E qualquer coisa que me atrase, não é bem vinda. Enquanto eu acreditava de corpo, alma e coração que eu avançava, na verdade, eu me atrasava, e, certamente, atrasava os outros, e vi isso no momento em que percebi que meus olhos sempre tão ternos, estavam olhando para o mundo quase todo com desconfiança, ainda que, jurando com a alma, sobre a confiabilidade de alguns. Mas isso é passado.
E, como tudo passa, breve  isso será apenas parte de uma história, e eu, estarei novamente aqui, escrevendo de acordo com as batidas do meu coração, como sempre foi.
Paz para todos vocês.

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