O blogger é atualizado de acordo com as batidas do meu coração. É um prazer tê-los comigo.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

CALCULANDO O AMOR


Aly tem 22 anos e está em lua de mel com tudo que a cerca, exceto o amor. Teve dois namoros longos e sofridos, e carrega os medos e frustrações que essas relações plantaram nela. E ainda os aduba.
"Sempre gostei do que não pude, não devia, e não ia me fazer bem... Ter o NÃO na frente sempre me chamou atenção e tenho consciência disso."  
Bem vinda ao meu mundo! Com a maturidade, ganhei a consciência de que é preciso fugir dele.  Mas nem sempre coloco isso em prática.  Teimo em não racionalizar o que sei que precisaria ser racionalizado. Já me protejo um pouco, do "quase" padecimento que é viver seguindo o meu coração. Mas quando não ajo assim, me perco. E prefiro perder o caminho, a me perder no caminho.
Essa escolha você também terá que fazer.
Você diz que sonha em amar alguém que a conheça de olhos fechados, mas ainda não conseguiu (leu o post sobre amor e amizade?). Investir em um amigo é uma dica, só não posso saber se boa ou ruim, porque apesar de ser uma experiência na qual acredito, nunca vivenciei.
Ao selecionar demais, você corre o risco de perder grandes amores, que “possam lhe fazer bem de verdade”, como você diz. É preciso sensibilidade, para olhar e ver - quem é esse homem que se apresenta para mim? Mas cuidado com a desconfiança em excesso, somos humanos, e estamos nos referindo a um outro que, assim, como você, também está em busca de uma parceria para o amor.  Não selecione seu amor através de uma visão cartesiana e mecanicista, que dependem sempre de garantias, e bases sólidas que garantam o investimento na relação. No amor não há garantias. Há apenas probabilidades.
E então, você me faz a difícil pergunta – “será que um dia eu mudo”? 
Melhor acreditar que sim. Eu não mudei como gostaria, mas o suficiente para assumir (há pouquíssimo tempo) que por não saber perder, sempre escolhi no amor, caminhos que me possibilitassem o controle de mim e do outro( e acreditava que seguia apenas o meu coração).
Foi dessa forma reducionista que sempre decidi a minha vida a dois. Pode ter sido conveniente para quem, como eu,  escolheu viver na retaguarda, mas hoje sei que não foi o mais sábio.
Tenho um conselho para deixar a você, e o faço com muita propriedade - descubra-se primeiro, para depois descobrir o outro. Quando você não se conhece, se trai. Conhecer-se é essencial.
A probabilidade de encontrar a felicidade torna-se muito maior.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Amor e amizade

Sempre busquei entender o que diferenciava os relacionamentos de amor, dos de amizade, a ponto de garantir uma estabilidade infinitamente maior a esse último. 
Falo de amizades e não de coleguismos. Falo de amor entre parceiros e não de paixão passageira.
O amor está contido na  amizade, assim como a amizade contém o amor. Então porque manter uma relação a dois, não é simples como manter uma amizade?
Para começar, os amigos não se sentem proprietários um do outro, não se cobram por telefonemas que não foram dados, nem exigem a lembrança de uma data que passou a fazer parte do calendário mundial(!), apenas porque foi naquele dia que se conheceram. 
Amigos simplificam a relação. Sabem-se especiais, confidentes, seguros e à vontade um com o outro. Formam um casal de duas pessoas livres. Não é assim nos relacionamentos amorosos, onde a busca fantasiosa, é tornar-se um só, acatando ou refutando de forma uníssona o mundo. Despersonificando, tolhendo, calando o outro, em prol da vida a dois. Nesse tipo de relação, ambos coisificam-se, e terminam por ter ali, a seu lado, uma extensão de seus projetos e não um ser humano.
Outra grande diferença é que amigos não se modificam para agradar o outro, nem fingem ser quem não são, nem gostar do que não gostam, viabilizando assim, o poder de conquista. Isso é um erro fatal. As mulheres especialmente, simulam a ponto de perderem-se de si mesmas.
Amigos não tentam agradar fingindo que amam música clássica. O máximo do "sacrifício" feito em nome da amizade, é ir com o outro ao concerto, com a promessa de irem juntos, no dia seguinte, ao pagode. Tudo isso, com sorrisos no rosto. Isso é concessão, não sacrifício.
Amigos amam, sem antes antever o que será do outro, futuramente. Amam enquanto o outro ainda está atrás dos bastidores, sem nem se importar se um dia subirá ao palco.
Seria tão mais fácil se soubéssemos amar a dois, do modo como fazem os amigos.
A diferença fundamental entre esses dois tipos de casais é o desejo sexual e os projetos comuns. E isso é muito, pois amigos não sonham em construir uma casa de campo juntos, não possuem conta conjunta no banco, e  não fazem sexo, porque não se sentem atraídos fisicamente. (Mas... se porventura você tiver a sorte de se sentir atraído por seu melhor amigo, não deixe escapar essa chance)
Enfim... na vida não existe perfeição, porque se existisse... viver um relacionamento a dois, com seu melhor amigo, certamente seria o paraíso.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ABRAM-SE PARA AS MUDANÇAS!

Quantas vezes me pego triste em meio a tantos desabafos e lamentos profundos, que de tão profundos, parecem fazer a mágica de me transportar para o lado daquela pessoa que me escreveu, e ver aquele sofrimento ali descrito, agora estampado no seu rosto.(Afe! Será que algum dia vou me acostumar com isso?) Acho que não...Não quero e não posso perder a capacidade de me indignar com a dor alheia. 
Mas... como nem tudo são espinhos, hoje recebi um desabafo delicioso! E divido-o com vocês, na expectativa de que os leitores do blog se certifiquem que dias melhores SEMPRE virão! Basta coragem para deixá-los vir!
"Olá Marcela, hoje descobri esse blog tão lindo e gostaria de aproveitar o espaço para contar resumidamente a minha história. Tenho 26 anos, sou uma mulher bonita, jovem, com muitos sonhos e expectativas. Há alguns dias terminei um namoro que já iria completar 3 anos, na verdade uma relação com muitas idas e voltas incontáveis. Ou seja, já não era mais uma relacionamento que poderia me fazer feliz. Eu, tão jovem, senti que minhas energias estavam gastas, que minha alegria estava indo embora, que eu já não confiava nesse namorado até para falar dos meus sentimentos, porque a última vez em que tentei fazer isso essa pessoa riu na minha cara. Eu estava deixando de ir aos lugares que eu mais gostava e meus sonhos estavam sendo deixados para trás. O meu sonho de aprender a tocar violão, eu havia esquecido...da útima vez que eu fui para a cama com esse homem ,no final eu me perguntei o que estava fazendo ali...muita coisa aconteceu durante todo esse tempo, e ele passou muito rápido...já ouvi palavras que tentaram me destruir, vivi indiferenças e derramei muitas lágrimas...Se eu fosse contar tudo e todos os motivos levaria muito tempo.Ai você me pergunta, porque viveu tudo isso, porque se permitiu tudo isso?porque você coloca o amor que você sente por aquela pessoa acima de tudo e muitas vezes esquece de si. Porque você se acomoda na relação e fica com medo do novo...Porque você tenta enxergar o lado bom naquele homem, que na verdade ele tem, mas a maior verdade é que você merece uma pessoa muito melhor e que ela existe sim. Hoje eu consegui dar um fim em tudo isso porque eu me escolhi. Tomar a decisão de sair desse relacionamento foi uma das melhores escolhas que já fiz na minha vida.Ainda está doendo, pois é uma mudança, mas me sinto livre e feliz. Tive um reencontro comigo mesma muito especial, novas esperanças, um novo horizonte e a certeza de que alguém muito especial me espera...Gostaria de deixar o meu incentivo àquelas pessoas que se sentem exatamente como eu me sentia, de escolherem a si mesmas, pois a vida é muito preciosa e você vale muito, muito mesmo!......felicidades......"
Viu galerinha do sofrimento? Como, sabiamente, canta Lulu Santos "tudo muda o tempo todo no mundo..." Abram-se para as mudanças, e sejam felizes!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O QUE OS HOMENS QUEREM NA 2ª VEZ?


Há um mês começamos uma pesquisa breve e desprentesiosa que (ufa!) terminou hoje, com a resposta de três entrevistados de última hora (obrigada, meus amigos).
Com apenas 7 perguntas que foram criteriosamente elaboradas com o suporte de uma sexóloga, psicóloga, terapeuta de casal, e um homem e uma mulher escolhidos aleatoriamente, sendo ambos divorciados.
A partir desse questionário feito com homens na faixa de 35 a 45 anos, todos com filhos e já divorciados, descobri que a característica que eles mais buscam nas mulheres que querem para investir em um segundo relacionamento, é o bom humor. Acreditam nisso? Um simples bom humor! Ou não será tão simples assim, já que TODOS esses homens que já tiveram a experiência de um casamento “fracassado” estão buscando? Será que a TPM está durando mais tempo do que os homens podem suportar, ou está mesmo faltando nas mulheres o imprescindível “alto astral” que faz a vida a dois mais gostosa?
Outra característica relevante na busca pelo “amor ideal” foi a cumplicidade... Percebo mesmo que essa palavra anda perdida de sentido e significado. No dicionário diz-se que cúmplice é quem participa do crime do outro. Quer maior parceiro do que esse? Estar ao lado para o que der e vier? Ao lado quando o outro ainda era uma mera sombra, sem nem ao menos saber se um dia, brilharia.
No sentido figurado é quem ajuda, favorece. Favorecer o crescimento do outro, o aprendizado do outro, a (re) construção do outro. Coisas tão simples, e tão em falta nos relacionamentos. Não dá tempo... Nem tempo de rir com o outro, nem de rir do outro, nem de rir para o outro. Não dá tempo de ir com o outro, ficar com o outro, esperar pelo outro.
Sabe também o que os homens do século XXI buscam para arriscar suas fichas pela segunda vez em um relacionamento? Além de bom humor e cumplicidade, buscam uma dona de casa! Isso mesmo... Você esperava por isso? Nem eu. Uma “mulherzinha” (com todo o meu respeito e admiração, até porque, confesso, me considero uma) que saiba cozinhar, que coloque flores sobre a mesa, e que lhe faça cafuné. Pensei que eles só quisessem peitos grandes, saltos altíssimos e uma performance digna de acrobatas na cama. Mas não... Eles pedem uma boa amante, sim,  mas que antes , os faça rir para a vida, que segure  suas mãos quando sentirem-se inseguros, e que façam uma comidinha qualquer, fora de hora, desde que seja só para os dois.
Por incrível que tenha me parecido, eles não colocaram em primeiro plano nem a beleza, nem a cultura, nem a profissional de sucesso. Desejam mesmo, uma mulher comum, de verdade, que ao invés de silicone no peito, tenha peito para enfrentar a vida ao lado dele, que tenha sensibilidade para compreender a dimensão das tragédias humanas.  Que ao invés de saber discutir a bolsa de valores, goste de poesias. Que ao invés de passar horas no shopping, opte por ver um filme com ele, debaixo do edredom.
Certifiquei-me que os homens depois da tentativa frustrada do primeiro casamento, buscam uma mulher só para eles, sem a preocupação de atender às exigências do “mercado externo”. Não importa se tem um cargo importante em alguma empresa, se foi modelo na década passada, se pinta os cabelos ou equilibra-se bem em um salto agulha. A maioria buscou por isso quando juntou, pela primeira vez, as escovas de dentes, e... Deu no que deu.
Dessa vez buscam um ser humano, do sexo feminino, que tenha uma alma, antes de um corpo, que tenha sensibilidade, antes de cultura, que gaste horas rindo, ao invés de horas no salão de cabeleireiro, que seja cúmplice de todos os seus dias, mesmo quando esses, por algum motivo, viram noites sem estrelas.

MARCELA, A NOVA CARA DO SENTIMENTO CALMO

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

FIM DE UMA PAIXÃO

Há alguns dias tenho tentado ajudar na superação da indiscutível dor de uma bela mulher que assistiu, impotente, o término de seu namoro, ainda na fase da paixão. Fase essa, onde deveria ser terminantemente proibido que o objeto do desejo, personagem central dos nossos sonhos, controlador absoluto dos nossos pensamentos e dono do nosso coração, fechasse a porta com um simples "acabou aqui". Nesse período, onde a paixão reina absoluta, você ainda acredita. Acredita no que racionalmente não deveria. Acredita em coisas nas quais, desapaixonada, no máximo, você gargalharia. Acredita no que conscientemente, jamais acreditaria. Mas que paixão é racional? É consciente? É lúcida? Desafio quem me contradiga. Estamos falando de paixão, aquele estado anterior ao bem-vindo amor. Quando esse vem. Não foi o caso dessa jovem, que me respondeu de forma tão lúcida, que gostaria de dividir com vocês.
"Marcela,
Lendo um texto do blog eu vi uma frase q eu concordo plenamente:
Se um homem quer você, nada pode mantê-lo longe.
Se ele não te quer, nada pode faze-lo ficar.
Pare de dar desculpas (de arranjar justificativas) para um homem e seu comportamento.
Além disso, eu acho que vc tem razao quando falou q muito mais que a diferença cultural está a diferença entre as pessoas e tá mais que claro que as nossas diferenças sao muito grandes e que de certo modo, somos opostos... nao diferentes... e que os opostos nao devem insistir numa relação.
Vejo que nosso relacionamento nao ia dar certo... já fazia um tempinho que eu tinha algumas expectativas e me frustrava.
Creio que nao é questao de ser rigida, é questao de regar flor seca. Enquanto estavamos juntos, a flor era linda... Na primeira dificuldade, ele podou a flor de uma maneira que nem que eu regue muito, vai florescer, pq o necessário pra que isso fosse possível, depende de uma mudança interna dele... e se ele nao está disposto?
Eu tambem gostaria que existisse um botaozinho: esquecer completamente a pessoa...
beijos"

Seria válido, ou apenas cômodo, descobrirmos esse botaozinho? Aprenderíamos tão menos... cresceríamos tão lentamente...
Não quero justificar, mas quando a dor chega, é preciso descobrir o aprendizado. Nem a pessoa, nem nada a sua volta será mais como antes, e a chance é que tudo seja muito maior e melhor. 
Muitas portas se fecham, mas sempre haverá uma aberta.
Deixo aqui meu carinho, a essa moça corajosa, que de maneira aguerrida, tem enfrentado essa dor quase que completamente sozinha, física e emocionalmente. Lembrando-lhe que - "isso também vai passar".

sábado, 19 de fevereiro de 2011

MEDO DE AMAR DEMAIS

Recebi um email com o qual me identifiquei. Foi curto e dizia apenas: "Nunca amei. Preferi assim. 95% das pessoas sofrem por amor, como não me considero burra, e nem privilegiada, não quis apostar que ficaria entre as 5%. Não conheço as alegrias de quem amou e foi amada, mas também nunca vou experimentar as agruras do final. Se me arrependi? Só uma vez, quando  vi um casal de meia idade, de mãos dadas, olhando o pôr do sol na praia, enquanto eu caminhava sozinha pela areia. Mas passou rápido".
Ufa! Estou excessivamente emotiva por esses dias, e confesso que esse email, me revirou por dentro.
Cresci tentando me vacinar contra o excesso de amor, enquanto presenciava minha mãe definhando-se aos poucos, por causa do meu pai. Todos os dias,  após escovar os dentes e lavar o rosto, eu encarava o espelho e dizia olhando-me nos olhos: "nunca vou sofrer por amar demais". Era quase um "toc", se eu esquecesse de falar isso,  subia as escadas de casa novamente, voltava ao espelho e dizia. Meu dia só começava, depois de concluir esse ato quase  ritualístico.
Na minha adolescência, apaixonei-me apenas uma vez  Foi um relacionamento longo, cheio de aprendizados, alguns bons, outros nem tanto. Quando percebi que estava traindo o espelho, terminei.  Depois disso tive outros namorados,  que foram apenas...namorados. Voltei ao ritual do espelho. Não queria correr o risco de passar a vida  amando demais, e sofrendo demais. Aí, por um motivo qualquer, que nunca consegui explicar, resolvi comigo mesma, que o problema não era o fato de amar demais, ou menos, mas sim, o risco de ser muito feliz no amor. Eu pensava: Se eu for muito feliz no amor, e por algum motivo perder tudo isso, vou ficar como minha mãe - enterrada em um sofrimento sem fim. A solução então, seria amar somente, mais ou menos, pois no caso de algo dar errado, eu estaria protegida de sofrer. Pouco tempo depois, vim  entender, que isso significava escolher as pessoas erradas. E...
Enfim, fui fiel ao  espelho. Não sofri por amar demais. Mas ainda acho que perdi grandes chances por conta do medo de sofrer. E, no final, sofri por outros motivos. Não adianta querer negociar com a vida. Ela nunca nos dá garantias.
Quanto mais alto o vôo, maior a queda. Certo? Pode ser. Mas também...
Quanto mais alto o vôo, mais bela a vista.
Partindo desses dois pressupostos, como decidir? Não sei dizer.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

OBRIGADA, DE CORAÇÃO!

Hoje gostaria que alguém postasse um texto para mim. Tem dias que estou assim. Preguiçosa, insone, egoísta. Perdoem-me. Logo hoje. O blog completa, em menos de 4 meses, um total de 10 mil visitantes!  Mais  de 250 desabafos postados, sem contar os mais de 500, que respondi, mas não tive como expô-los. É muita gente para reverenciar. Gente que chorou, sorriu, ficou brava por causa de minhas respostas sinceras, outras tantas que me agradeceram. Muitas diziam querer me dar um abraço, sem nem imaginar quantas vezes eu  precisei  desses abraços. Ganhei amigos aqui. No meio da dor, tiramos flores,e juntos descobrimos "poções mágicas" que lhes permitiam momentos de paz, até que uma decisão mais coerente pudesse ser tomada. Com a história de cada um, as quais li muitas vezes às três da manhã,  aprendi tanto...
Aqui falamos de amor, desamor, sonhos, descobertas, tombos, decepções, frustrações. Muitos homens expuseram aqui, uma fragilidade que conseguiu me surpreender, e percebi que até então, eu também era machista, ao julgar o sexo forte, realmente forte. Que nada... Tantos confundiram a minha pessoa com a pessoa de uma mulher ideal, que sabe viver a dois com perfeição, pelo fato de conseguir, algumas vezes,  respostas para suas demandas. Ledo engano que precisei esclarecer em várias ocasiões. Esse fato curioso, me fez enxergar que na carência, é que mais caímos no erro novamente. Navegamos em relacionamentos que são verdadeiros barcos de papel, e depois, como inevitáveis náufragos que seremos, nos agarramos a primeira tábua que encotramos pela frente, mesmo que esteja podre e não possa nos levar a lugar algum em segurança. Tudo por temer a solidão. 
Somos todos rotulados perdedores se não vencemos no amor. No amor nunca haverá vencedores ou perdedores.
 Se o amor dá errado, simplesmente não era amor. Foi uma tentativa, e nada na vida é em vão. 
Certo e errado são conceitos relativos. Aprendi isso com as histórias de vocês. Mas aprendi a coisa mais importante para seguir em paz o meu próprio caminho: que tudo realmente passa! E essa certeza é muito reconfortante!
Amar, é um aprendizado que começa de dentro para fora. Amando-se, conhecendo-se, aceitando-se, é o começo de tudo. Ninguém é a metade do outro, é preciso dois inteiros para que seja possível um caminhar de verdade.
Obrigada a todos os que escreveram, passaram, olharam, voltaram, enfim, a todos que de uma maneira singular, sempre me acrescentaram. Beijos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

AMOR À PRIMEIRA VISTA?

Ando mais animada em responder as perguntas que chegam, do que para tirar os textos de dentro de mim. Continuo improdutiva.
A pergunta de hoje que mais encontrou eco foi: "Você acha que existe amor à primeira vista?"
Não. Não acredito que exista amor à primeira vista. Acredito em paixão à primeira vista, e que pode acontecer das maneiras mais inusitadas! Já recebi desabafos  interessantes a esse respeito. Uma garota  estava com uma turma de amigos em um bar, e na mesa ao lado haviam diversos rapazes. Nenhum lhe chamou a atenção, até que "o cara de camisa azul tirou o boné e era careca! Apaixonei-me na hora. Dei um jeito de conhecê-lo e... namoramos por 3 anos". Um rapaz estava na praia à noite e uma garota que estava no quiosque, lhe interessou. No dia seguinte, ele se programou para ir àquela mesma praia, na tentativa de encontrá-la. "Passei a noite sonhando com ela, já me sentia apaixonado, nem dormi direito. Quando cheguei no mesmo lugar no dia seguinte, ela estava lá. Meu coração disparou. Quando ela tirou o vestido, para entrar no mar, avistei, do lado esquerdo de seu ombro, uma tatuagem colorida. Foi um balde de água fria. Detesto mulheres tatuadas. Nunca mais a vi." Enfim, o antigo ditado - gosto não se discute, está valendo. Principalmente para paixões à primeira vista.
Pense bem, se a garota do bar conhecesse aquele rapaz em outra situação, e entre as várias horas de conversa, descobrisse nele, qualidades que admira, provavelmente se interessaria por ele, e aí, se ele tivesse cabelos de Sansão, isso já não faria mais diferença, pois ela  já tivera tempo suficiente, para descobrir nele, coisas bem mais relevantes do que o fato de ter ou não cabelos. E o garoto da praia idem. Se conhecesse  aquela garota na fila do banco, e para passar o tempo, iniciassem uma despretensiosa conversa, que os levasse  noite à dentro,  no dia seguinte, quando ele se deparasse com sua tatuagem, certamente não a dispensaria somente por causa disso.
Raciocinar sobre esses detalhas me levou à convicção de que não existe "amor à primeira vista", simplesmente porque o amor não nasce a partir do que se vê. Ele nasce da intimidade e das descobertas que só uma boa conversa nos permite. A moça do bar, sentiu-se atraída ao primeiro olhar, pelo cara careca, por ser aquela, uma visão que lhe agradava, mas, se na hora da conversa, não surgisse nada em comum entre eles, certamente ficariam apenas em um beijo, ou no máximo em um quarto de motel, jamais por 3 anos.
"Paixão à primeira vista"  pode sim, nascer apenas a partir do sentido da visão. O amor não. Amor nasce a partir do reconhecimento do outro, e isso, só acontece através de longas e produtivas conversas. Que na atualidade, podem acontecer tanto pessoalmente, como também através do teclado de um computador.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

SOBRE HOMENS E AMOR

Ontem fui ao encontro que mais adoro! Três amigas verdadeiras, muitas gargalhadas, recordações de momentos passados,  lamentos e glórias do momento presente. Todas já vivenciamos o divórcio, e apenas uma, não conhece a experiência de casar-se novamente.  A discussão girou em torno de relacionamentos (tenho um ímã para esse assunto). Uma delas, casada pela segunda vez há 12 anos, disse desconfiar que está chegando a hora do finalizar mais uma relação. A outra que vive o segundo casamento há 4 anos, quase caiu da cadeira "Você enlouqueceu? Tá pensando que a vida lá fora é fácil para quem está sozinha? Homem que vale à pena, não se encontra assim..." Falou gesticulando as mãos de modo aflito. "A gente tem que suportar certas coisas para conseguir ficar casada, ou você quer envelhecer sozinha? E, não escute a Marcela, porque sabe que ela é do contra!"
Fiquei alheia, não ao assunto, mas à discussão. Ela olhou para mim, e como acontece entre os verdadeiros amigos, entendi que pedia a minha opinião. A outra já pulou: "Ela vai falar para você se separar. Essa aí acha que não se pode relevar nada.  Sabe que não concordo com  você"! Disse voltando-se para mim.
Sorri.
Ouvi de uma amigo querido, que as crises podem ser o fim ou ou começo de alguma coisa. Mas também ouvi, sobre um momento meu, que deveria fazer o que estivesse ao meu alcance para manter a relação, nem que fosse, fazer o impossíve(claro,  isso foi dito dentro de um contexto), mas nem assim, consigo concordar. Faço o impossível apenas para ser feliz. E, nunca acreditei que ser feliz estivesse intrinsecamente ligado a estar casado. Mesmo assim, amo amar e ser amada, e adoro relacionamento a dois, desde que esse seja muiiito bom. Talvez meu grau de exigência seja alto. Assumo. Mas diferente da minha amiga, nunca vou concordar que "ruim com ele, pior sem ele", "trocar de parceiro é  trocar de defeito", "antes mal acompanhada do que só". Prefiro "antes só do que mal acompanhada". Enfim, não vejo problema em envelhecer sozinha, vejo problema em envelhecer ao lado de alguém que não vale mais à pena, só para evitar a solidão. Solitude não é solidão. Solidão é sentir-se só, mesmo estando acompanhado, solitude é estar só, mas não senti-se só.
Cada um tem uma prioridade na vida. Eu tenho as minhas, e entre elas, está sim, envelhecer ao lado de um amor. Que seja parecido comigo, que fale a mesma língua, que goste das mesmas coisas, que nossas discordâncias sejam apenas degraus para o crescimento mútuo. Já disse que os opostos podem até se atrair, mas jamais deveriam investir em uma relação. Ouve-se muito que para um casamento dar certo é preciso dedicação , concessões, paciência. Enfim, relacionamento depende de uma batalha diária. Mas na minha opinião, isso só é válido se já houver o amor. Porque  amor não pode depender de luta - ou ele existe, ou não existe. Se deixar de existir, é fim. Não tem o que lutar, o que tentar, o que esperar. Foi isso que disse à minha amiga - "Pense se ainda há amor. Se houver, vale pesar e medir, senão, vale partir". Sem medo. Pode até ser difícil encontrar um homem que valha à pena. Mas, eu jamais sairia em busca dessa "rara  mercadoria" (aos olhos de muitas mulheres, inclusive de minha amiga). Acho que o objetivo dever ser o amor. E quando esse tem que acontecer invade-nos, acolhe, e chega pelos caminhos menos esperados. Não precisa sair à caça.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PRONTA PARA O AMOR


Depois da minha insônia, ando improdutiva. Continuo com aquela sensação inexplicável que tem me deixado fora do ar. Nunca fui de temer nada, mas confesso estar tomada por uma ansiedade que nem minha meditação tem resolvido 100%. Aí, chegou em minhas mãos através de uma querida, esse texto com o qual concordo tanto, que não trocaria nem uma palavrinha, apenas abri um parênteses, lá no final. Quero dividí-lo com vocês porque vale à pena de verdade.
Sobre estar sozinho -Flávio Gikovate*
Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se busca, hoje, é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência – e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa à aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade.
Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.(Aqui abro um parênteses para dizer que mesmo acreditando que todos temos uma alma gêmea, o maior erro que percebo nas relações é o hábito de projetar no outro o que desejamos, e aí...é mesmo só uma invenção que mais dia, menos dia, vai desmoronar como um castelo de areia).Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.
Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém: algumas vezes, você tem de aprender a perdoar a si mesmo…

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Você acredita em alma gêmea?



"Você acredita em alma gêmea"? Talvez a resposta não tenha lógica para alguns, mas lógica nunca foi minha preocupação. Falo com o coração e brigo com a anatomia quando lembro-me que a cabeça fica acima dele. Eu sou espiritualista, olho as pessoas, muito antes de olhar as coisas. Sempre acreditei em alma gêmea, que é completamente diferente de acreditar em príncipe encantado.  Chama-se almas gêmeas, almas que num determinado momento foram divididas para que pudessem evoluir, e que possuem semelhanças em suas crenças, sentimentos,  enfim, que olham para a mesma direção. Viagem? Para alguns sim, para mim não.
Passamos a vida buscando um relacionamento que nos possibilite ficar mais inteiro, que dê um sentido maior às nossas vidas. Nessa busca, quase sempre nos perdemos, investimos em relações superficiais, que terminam e deixam tão pouco dentro de nós(se é que deixam algo). Aí, nos sentimos internamente tão confusos e perdemos a capacidade de perceber o simples. Crescemos sem consciência de que nem tudo tem uma explicação racional. Muitas vezes, só é preciso sentir.  Mas nessa sociedade, quem sente, é tido como sem juízo. Não há racionalidade no caminho que nos leva ao encontro de nossa Alma Gêmea. Porque o que é simples, não tem explicação. O que vem de dentro, foge aos olhos. 
Eu não achei minha Alma Gêmea.  Apostei em relacionamentos que achei que deveria apostar. Perdi, na maioria das vezes. Choque de realidade é algo difícil. Não há encontro de Almas Gêmeas simplesmente porque há o desejo de que isso aconteça. O único caminho capaz de nos levar a esse encontro, é o caminho de dentro. É conhecer a sua própria alma. Ninguém acha uma pessoa de tamanha importância, se ainda não se achou. É preciso um intenso e corajoso trabalho de auto-conhecimento, e como tão bem dizem, a convivência entre o ser humano e o silêncio é uma das mais difíceis. Silenciar-se, aquietar-se, voltar-se para a sua essência, sem medo, sem farsa, sem julgamento. Torna-se imprescindível essa avaliação pessoal  para o nosso crescimento. Esse é o único caminho para reconhecer-se, e reconhecendo-se, ser capaz de reconhecer  aquela alma com características tão próximas às suas, e aí, em uma total falta de explicação, você encontra sua Alma Gêmea. Guardo comigo a crença de que a partir desse encontro, será  mais fácil  seguir. Viver  a dois, de verdade, com certeza, torna a vida muito mais leve.
Eu ainda continuo no caminho do auto-conhecimento até encontrar (se eu encontrar) minha Alma Gêmea.







segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

COMO DEIXAR DE AMAR?

Uma linda garota me  perguntou como se faz para deixar de amar alguém... Disse-me que estava pedindo a Deus para que arrancasse aquele sentimento de dentro dela.
Pois bem, rezar  nunca é demais, e claro, Deus sempre ajuda, mas não vai resolver, pois se Ele fizer tudo, perdemos a chance de crescer com as lições que viemos aqui, justamente para aprender.
Eu aqui cuido para NUNCA brincar de Deus. Não sei as respostas, apenas tenho uma experiência rica em relacionamentos - pelo meio em que cresci e depois, pelo que eu mesma vivi. Já senti essa dor, já me fiz essa pergunta, já rezei aos céus com o mesmo desejo. Até que descobri que o tempo é o grande senhor nessa hora. Só ele resolve. Ele vai passando, e como onda do mar, arrasta com ele, tudo o que machuca - o sentimento não correspondido, os sonhos desmanchados, as expectativas de um futuro planejado, aquela viagem especial, as noites de amor, as gargalhadas fora de hora, a música-tema da relação, o filme que marcou... A cada dia leva um pouquinho, até que sem  que se perceba o momento exato,  a dor se foi, deixando apenas vagas lembranças desprovidas de sentimentos, mas sempre rica de significados - a lição foi aprendida. Virando a página, outras lições virão, claro. Mas nem todas vêm com dor. Em relacionamento a dois, quanto mais cedo se enxergar o que geralmente não se quer ver, mais protegidos ficamos de sofrer. Não vale brincar de "faz de conta" para se proteger da dor, porque quando ela chegar, vem com mais força. Quem nunca fingiu para si mesma que as coisas não estão boas, mais vão melhorar?Fingiu acreditar que ele não mudou, que é só uma fase que vai passar? Fingiu que aquele nó na garganta que vc sentiu perante a indiferença dele é mais um exagero causado pela sua TPM?  Adiar verdades tão óbvias é uma grande burrice dos apaixonados, e uma boa forma de fugir disso é lembrar que antes de qualquer coisa, devemos ser apaixonados por nós mesmos. Sofrer por amor costuma nos emburrecer. Mas é só por um período. Até o tempo cumprir seu papel - "...como uma onda do mar..."

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

POLLYANA MOÇA


"Olá Marcela! Essa é a minha história....eu diria a 2ª história...pois já fui casada e sofri muito, mas isso é papo para um outro dia...."
Karina tem 34 anos e o namorado, 25, estão juntos há 3 anos, e nesse meio tempo, segundo ela conta, foi traída duas vezes. Ela até termina com ele, mas acaba voltando, depois de ouvi-lo dizer mil vezes que a ama e faz planos de se casar com ela.
1- Foi duas vezes ao motel com uma garota para quem disse não ter compromisso com ninguém,  e se justificou para Karina, que isso só ocorreu por responsabilidade dela, já  que o deixava muito largado. Ela ficou sabendo dessa traição porque pegou mensagens no celular dele. "Tá sendo dificil escrever isso aqui, vc deve estar pensando que sou louca ou que eu sou muito apaixonada por ele né? O fato é que estamos juntos de novo, depois de toda essa sujeirada! Ando mais colada nele, dando mais atenção, etc..."
2- Da outra vez, descobriu pelo histórico do msn  que ele saiu com uma menina para uma festa, ela acredita que não rolou sexo, mas doeu certificar que ele cantava todas as meninas do msn,  chamando-as para ir até sua casa, até que uma delas( prima dele) aceitou. Dessa vez, ele negou, mas ela sabe que ele mentiu. "Eu não sei o que me faz continuar ao lado dele....!! Ele é muito carinhoso comigo, muito mesmo, e nos damos muito bem na cama, depois dessas traições então parece que a coisa esquentou mais ainda....Eu sou confusa quanto aos meus sentimentos pois tenho um ex marido que foi o meu grande amor....foi? não sei".
3- Através de um comprovante de cartão de crédito, Karina ficou sabendo que ele foi a uma casa de show escondido dela, e ao ser confrontado, primeiro negou, depois disse que estava passando lá perto, encontrou um primo e entrou para tomar uma cerveja. "Eu não engoli, mas fingi".
"Enfim, eu entrego nas mãos de Deus e Ele já me provou por 2x quem está ao meu lado. Queria muito acreditar que ele mudou, mas será que ainda vou me decepcionar de novo?? Às vezes é melhor empurrar com a barriga....Pois quem nunca passou pela sensação de ver a idade chegar e não construir uma familia? Ele diz que quer casar e que me ama. Eu gosto dele tb! mas as vezes é tão difícil....."
Pois então Karina, na minha opinião, você pode  ter sido traída por ele 2x, mas você anda traindo a si mesma muito mais vezes, quando depois de toda a "sujeirada"(como vc mesma diz) decide dar ainda mais atenção a ele; quando diz não ter certeza se seu ex-marido ainda é seu grande amor; quando dissimula seus sentimentos fingindo acreditar no seu namorado; quando vislumbra a possibilidade de acreditar que ele possa mudar; quando empurra com a barriga uma situação tão difícil, por temer que o tempo passe, e vc não forme uma família; quando mesmo entregando tudo isso nas mãos de Deus, e dizendo que por 2x Ele te provou quem é esse homem, ainda assim, insiste em ficar com ele. Isso é que é uma grande traição - vc sabe, vc enxerga, vc tem consciência de tudo, e mesmo assim, insiste! Porque faz isso com você? 34 anos! Vc é muito jovem. Mesmo que tivesse 70, vale à pena ficar com um homem que mente, desrespeita, trai, só para não fica sozinha? Vc já está sozinha! Vc precisa acreditar que merece mais!  Vai passar sua vida correndo atrás de mensagens de celular, de msn, de comprovantes de cartão de crédito??? Repito sempre aqui, que as pessoas só fazem conosco aquilo que permitimos. Como vc pode pensar, mesmo que vagamente que esse homem vai mudar? Ele te esfrega todas as evidências que vai sempre ser assim! Que família vc pretende formar com ele? Depois que vc se casar,  vai culpá-lo por não está feliz ao lado dele, mas a culpa será só sua, pois é vc quem está se deixando levar. Vc já viu que não vale à pena investir nessa relação. Pode ser mesmo que ele te ame, pois cada um tem uma forma de amar, mas amor é tudo para vc? Sexo é tudo para vc? Isso vai ser suficiente, mesmo q ele te engane a vida toda? Se sua resposta for sim, ok. Vc é dona da sua vida e pode até aceitar que ele te engane, mas vc mesma se enganar, é inaceitável! Vc já foi tão infeliz uma vez, para que arriscar de novo??? Não insista em brincar de Pollyana Moça, pois o final só dá certo no livro, na vida real, nunca é bom. Tenho certeza de que vc merece mais, muito mais! Pense nisso. 
         

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SANSÃO E DALILA

Sempre fui aficcionada por histórias antigas, mitologias em  especial. Quando vi anunciar a mini série da record - Sansão e Dalila, decidi segurar o sono para assisti-la. Nenhum superprodução à la rede Globo, mas tem  os seus encantos, e o principal deles, é a história em si. 
Homem dotado de extraordinária força, foi escolhido por Deus para libertar o povo de Israel, escravizado e perseguido pelos filisteus.  Temente a Deus, devotado ao seu povo e consciente de sua missão. Filho dedicado, líder de seu povo, sempre colocou o bem estar de todos eles à frente do seu. Mas,  Sansão era um homem, e apesar de dominar com suas mãos, um exército de mil soldados, foi incapaz de dominar seus sentimentos. Apaixonou-se perdidamente por Dalila, bela filistéia que atravessou seu caminho a mando do soberano, que prometeu-lhe  uma fortuna, caso descobrisse o segredo da força sobre humana de Sansão. Ele, por sua vez, negligencia as obrigações com seu povo, deixando-os à mercê de ataques do exército inimigo, enquanto tenta convencer Dalila a ir embora com ele, juntar-se aos seus.  Ela  apaixona-se por ele, mas nem por um minuto perde seu foco - descobrir seu segredo, entregá-lo ao rei e ganhar a prometida fortuna. Depois de muito resistir, finalmente, ele cede ao seu apelo de uma  prova de amor: revelar-lhe seu segredo. Mesmo sofrendo por amá-lo tanto, ela segue fiel ao seu propósito e o entrega ao rei.
Como "filosofo" acerca de tudo o que vejo, me pego procurando alguma literatura que me elucide de maneira mais concreta o que leva Dalila a se manter firme ao propósito de trair Sansão, se é tão óbvio, seu imenso amor por ele. Nada encontro que me convença. Uma mulher que nunca havia sido amada, cresceu abandonada à própria sorte, sua beleza levou-a ao trágico destino de ser usada das formas mais cruéis pelos homens, e ainda passou anos sendo estuprada pelo padrasto. Descrente de tudo, como ela mesma diz, o "destino" coloca em seu caminho um homem que ganha sua total confiança, ao lado do qual, confessa saber que será cuidada, amada e respeitada. Mas a despeito de tudo isso,  mesmo sofrendo muito, ela opta por traí-lo, abrindo mão da única pessoa que realmente a fez se sentir amada e protegida em sua vida.
Certifico-me que desde os primórdios da humanidade as relações amorosas guardam as mesmas incógnitas.Qualquer tese seria pura conjectura. Então...deixa prá lá.

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