O blogger é atualizado de acordo com as batidas do meu coração. É um prazer tê-los comigo.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Só por hoje



Nas minhas incansáveis buscas deparei-me alguns anos atrás com o lema "Só por hoje" das irmandades anônimas. Nunca tive o prazer de presenciar uma reunião dessas. Estranho? Prazer sim, pois somos todos dependentes. E só por esse motivo essa frase exerce imenso poder em cada um de nós.
Essa frase liberta. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Quem é feliz vive mais



Pesquisadores de uma universidade da Austrália afirmam que pessoas casadas (obviamente entende-se aqui casais que moram juntos) vivem mais.
Lendo a reportagem, que me foi enviada por um amigo, pude confirmar mais uma vez a relatividade que é viver. Entendo que assim como há uniões que constroem, há uniões que destroem. Eu fui apresentada a ambas.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mordaça Gay ou mordaça ao desrespeito?



Esses dias estamos soterrados pela avalanche de discussões que surgiram a partir do reconhecimento das uniões homo afetivas. Toda a mídia está voltada para a tal da lei da Mordaça Gay que foi aprovada no Senado. É correto criminalizar a discriminação do homossexualismo? Seria isso tolher a liberdade de expressão? Em minha opinião qualquer tipo de discriminação é crime, e, se a forma de impedir o homem de discriminar as opções do seu semelhante é amordaçando suas opiniões, que assim seja. Liberdade precisa estar embasada antes de tudo, na consciência de que além de você, existem os outros.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Perdoar, o momento é agora



Hoje li em um blog um título que achei curioso - "Qual é a hora de perdoar um Judas". 
Não li o texto (o que farei mais tarde) então, nem imagino do que se trata, mas me levou a pensar sobre várias coisas. Não existe tempo para se perdoar. Contando que a capacidade de perdão é o maior libertador que existe, para que adiar?  É um ato que liberta quem é perdoado e ainda dá asas para o infinito a quem perdoa. Nada mais gratificante do que essa abolição.
As argolas que compõe a amarra dos sentimentos ruins são de ferro e formam um elo poderoso que aprisiona a vida, os sonhos, o futuro dos envolvidos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Poliamor? Me poupe!


Ontem assisti a entrevista de Marília Gabriela com uma sexóloga que defende o tal do poliamor, como uma nova forma de relacionamento. A meu ver uma invencionice, uma tentativa de camuflar as dificuldades inerentes aos relacionamentos, justificando que isso ocorre porque quem ama idealiza o parceiro, o que leva à frustração e conseqüentemente ao fim das relações. Simplista demais! E quem ama vários parceiros não idealiza mais ainda? Achei tudo péssimo!
Sem fundamento nenhum, um total chamamento à falta de comprometimento, ao se defender que na impossibilidade de um parceiro "completar" o outro, podem e devem buscar essa completude em outros parceiros. Como assim? 
Na vida você já cresce ouvindo que precisa escolher que presente quer ganhar de natal, que tema quer para enfeitar sua festa de aniversário, para quem vai dar o primeiro pedaço do bolo. Você é educado sabendo que ninguém pode ter tudo. Que para passar no vestibular, terá que deixar de ir à balada. Que para ganhar o carro, precisa antes passar no vestibular. E que ao optar por beber, precisará deixar o carro em casa. Aí, lançam uma idéia de que você poderá ter vários amores, porque enquanto um vai conversar com você sobre literatura, o outro fará com você uma maratona na cama, e outro vai cozinhar maravilhas para você saborear... Me poupe! Isso é ridículo! 
Quem quer ter uma relação aberta, e tem esse código estabelecido com o parceiro, merece respeito, afinal cada um deve saber de si. Mas dizer que isso é uma nova forma de relacionamento é um desrespeito a inteligência e uma falta absoluta de assunto!  Isso é apenas uma tentativa de "legalizar" a famosa traição. Nada mais. E para que? Para acabar com a hipocrisia dos que fingem ser fiéis e não são?  Isso é utópico. Traição nunca vai deixar de existir. Quem adotar essa tal de poliamor vai conseguir negociar com 2 ou 3 parceiros, mas e com o 4ª, 5ª, 6ª? Ou todos vão acatar essa "novíssima" forma de relacionamento? Claro que não! Esses, serão traídos.  
Poderiam ter utilizado o espaço de um programa de alto nível para discutir a construção da usina de Belo Monte ou as uniões homo afetivas ou as posições do Kama sutra, mas ficar por uma hora falando sobre poliamor como sendo uma "nova" forma de relacionamentos, foi aviltante...




sexta-feira, 20 de maio de 2011

De repente


Uma garota escreveu ao blog contando sua história. Uma vida densa como céu que antecede a chuva e um presente leve como céu sem nuvens. Sente medo dessa novidade – dias ternos que nasceram a partir de um encontro de amor.
Pede minha opinião em um momento que repenso: de que servem opiniões? Para encorajar ou desencorajar?
Do seu desabafo nasceu esse meu texto, e pela sensibilidade contida no que ela me enviou, sei que será uma despretensiosa bússola muito mais poderosa do que qualquer resposta objetiva.

Há pessoas que escutam com o coração.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Para as amantes



Entre as seculares discussões sobre relacionamentos está sempre em pauta o da mulher que, apaixonada, aguarda pacientemente que o homem casado, objeto de seu amor e sacrifício, separe-se da esposa para enfim, formar ao seu lado, uma nova família.
Com todos os avanços tecnológicos, científicos, sociais e emocionais, lá está esse assunto recorrente, e, acredito que assim será para todo o sempre enquanto existir homem, mulher, amor e a instituição casamento que algumas vezes é a representação do amor entre duas pessoas, mas noutras é apenas uma convenção.   

O cenário é o mesmo - natais, passagem de ano, páscoa e você chorando, enquanto ele  cumpre  seu papel, e, seja esse qual for,  é lá que ele permanece, ao lado da esposa e dos filhos.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Bem-vindo ao mundo dos adultos!



Sinto dificuldade quando preciso dizer aos adolescentes certas coisas de "gente grande" que já endureceu e dificilmente não perdeu a ternura. Acho que é por perceber que é chegado o fim daquela doce inocência. 
Hormônios a flor da pele, descobertas aos borbotões, tanto físicas quanto emocionais e sociais. Apaixonados pelo namorado(a) de repente são invadidos por uma vontade que pulsa de "pegar" a garoto(a) da escola, e vem a pergunta: 
O que eu devo fazer?
-Você precisará escolher meu bem.

E abro a listinha:

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Homens trôpegos



Andreas enviou-me seu relato transbordando sentimentos que oscilavam entre sofrimento, dúvida, culpa e medo.
Enviuvou-se repentinamente após 10 anos de um casamento sólido e feliz. Pelo menos para ela. Ainda no velório foi apresentada a outra família (mulher e filho) que o falecido marido mantinha em um raio de 100 km de sua família "oficial". Viveu um luto duplo. 
Dois anos depois conheceu Armando, demorou muito tempo para confiar nos sentimentos e intenções dele. Enfim, apresentou-lhe os filhos, sua casa e seu coração. No retorno de um cruzeiro que fizeram, encontrou no bolso de sua camisa um bilhete "Adorei nossa noite. Aguardo sua ligação" Terminou o relacionamento recém-assumido. Ele implorou-lhe que relevasse o que chamou de "um momento infeliz", jurou-lhe amor, mas pelo jeito não podia prometer-lhe fidelidade. 
Passaram-se cinco anos, e o gerente do seu banco que lhe convidava sempre para sair, enviava-lhe flores, e bombons insistentemente, bateu na porta de sua casa com a cara e a coragem e dois ingressos para um musical. Jantaram após o espetáculo, e dançaram até de madrugada. No dia seguinte, acordou feliz, tomou um banho demorado e recebeu um imenso buque de rosas vermelhas agradecendo-lhe pela companhia e já com dois ingressos para a estréia de um filme. Depois de muitos anos, o dia finalmente parecia ter amanhecido para Andreas. Foi à locadora com a intenção de alugar uma comédia para assistir com os filhos. Ao entrar deparou-se com ele, tremeu inteira, ele não a viu. Tímida, escondeu-se o quanto pode. Até que percebeu que ele não estava sozinho.

sábado, 14 de maio de 2011

Solidão


Solidão é uma das palavras que a meu ver, tem as mais lúcidas interpretações. 
Para mim solidão é falta e não ausência. Pois há presença na ausência.
Alguém disse que  A pior solidão é a que se sente quando se está acompanhado. E é. Pelo menos para mim foi. Vivi essa solidão durante anos, por escolha ou falta dela, não sei responder. É ruim você ter com quem conversar e viver no silêncio. Ter com quem chorar, mas entender que só será mais ou menos bem-vinda se estiver sorrindo. Ter com quer sair, mas preferir ficar. Ter com quem dividir a vida porque se casou e ser apresentada ao imenso abismo que há entre teoria e prática. 
O pensador Nietzsche já sabia disso no século XIX quando sabiamente escreveu - Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia.

terça-feira, 10 de maio de 2011

TEMENDO OS AFETOS

A maturidade me trouxe o medo de perder os afetos. Antes não era assim.
Sempre fui visceral, tudo em mim pulsava, minha dificuldade em lidar com sentimentos, provinha da imensa facilidade que tinha em vivenciá-los. Jamais administrá-los. 
Minha primeira reação sempre foi instintual. Agia impulsivamente conforme sentia. Minhas emoções me guiavam, empurrado para um canto ermo a racionalidade. Criei-me em meio a esse turbilhão emocional. Sentimentos à flor da pele.

sábado, 7 de maio de 2011

EXISTEM MÃES E MÃES


Há mulheres que apreciam o período de gestação - sentir o bebê se desenvolvendo, os primeiros movimentos, a ultra sonografia que  mostra que o que era só uma "bolinha" já ganhou braços e pernas. Mas  há, também, aquelas que se pudessem, pulariam essa etapa - não dormem bem, incham, sentem enjôos, enfim, não encontram prazer nesse processo carregado de tantas transformações. E tudo termina  no mesmo lugar - a sala de parto - para algumas um momento sublime, para outras, de terror.
Amamentar é um maravilhoso ato de prazer. Para algumas. Para outras é um suplício - leite que empedra, bico que fere, febre, dor. 
Para todas as mães é inegável o prazer de gerar um filho? Não.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

QUAL O SEU TIPO DE HOMEM?



Você já parou para pensar qual o seu tipo de homem? O SEU. Porque o tal do homem ideal é só mais uma tentativa de enquadrar as pessoas, mas, ainda existem coisas que sobrevivem à massificação.
A lavagem cerebral, mais conhecida como marketing, garante para o sucesso da sua relação, desde aquele lingerie perfumado e com gosto de chiclete, até os milagrosos cremes que prometem massagens inesquecíveis, mas... Ainda não tiveram a indignidade de lançar no mercado o parceiro ideal para você.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

LIBERTE-SE!



Somos todos prisioneiros. 
Dos nossos olhos que teimam insistir em um mesmo olhar, sempre voltados para os mesmos lugares, pessoas e situações. 
Dos conceitos que formamos, daqueles que aprendemos e que nunca concordamos, mas tivemos que acatar para sermos aceitos.
Das nossas dúvidas que nos paralisam, seja em um simples - "viajo ou troco de carro", quanto em um "vou para sempre ou tento mais uma vez".

segunda-feira, 2 de maio de 2011

TRAIÇÃO - sempre ela!



Traição nos relacionamentos afetivos é um assunto complexo para todos que pensam e vivem para além dos bestiais impulsos humanos. Para mim, por motivo pessoal e intransferível, sempre soou como um enigma. Cresci nesse meio e aos poucos fui desenvolvendo uma raiva latente, pronta a espirrar no primeiro homem que me traísse. Claro que um dia ele chegou e eu não espirrei nada, derramei mesmo. E não foi apenas o rancor por aquela história, mas por tudo o que eu vi, vivi e ouvi chorar durante todo o tempo em que eu crescia. Foi experiência de avó, mãe, tia, enfim... Tudo grandioso, inexplicável e sofrido para mim. 
Custei muito a compreender que os homens não são todos iguais, que ambos os parceiros podem agir de forma desleal um com o outro, pois, magoar não é privilégio masculino,  que fidelidade e lealdade se diferem, e etc, etc, etc. Muitas coisas que só a vivência e a maturidade poderiam me proporcionar. 

Acho que mesmo antes de aprender a ler e escrever enxerguei as diferenças do mundo e isso me incomodou. Queria alguém que me explicasse por que as pessoas eram praticamente separadas por castas.
Hoje em dia virou moda dizer que "odeia-se" preconceito, todo mundo aderiu o "não às diferenças", mas na maioria das vezes isso só tem validade até o momento em que surge um convite para freqüentar o mesmo ambiente que...
Bom, mas focando no tema, não entendia porque os homens podiam uma montanha de coisas e as mulheres não. Isso também é preconceito.
Parece que muita coisa se modificou. Parece. Só modificou até a página dois.
Dignidade é uma palavra forte que perdeu o seu sentido grandioso. Andam coisificando o que é nobre.

Educo dois filhos homens e contra quase tudo e quase todos, ensino-lhes desde muito cedo que respeito, senso crítico, e o difícil princípio da alteridade devem ser praticados em relação aos seus iguais, e seres humanos são todos iguais independente do sexo que as mulheres carregam (assim mesmo, como um fardo).
Não há sexo frágil ou sexo forte, o que há são pessoas que hoje estão fortes e amanhã podem estar frágeis.
O mundo é feito de pólos opostos que se equilibram e se complementam para que o universo funcione em harmonia. Homem e mulher fazem parte desse universo, possuem naturezas opostas, mas é no respeito que encontrarão o equilíbrio necessário para viver em harmonia. Como sempre ouço de uma pessoa – simples assim.

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