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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Quem é feliz vive mais



Pesquisadores de uma universidade da Austrália afirmam que pessoas casadas (obviamente entende-se aqui casais que moram juntos) vivem mais.
Lendo a reportagem, que me foi enviada por um amigo, pude confirmar mais uma vez a relatividade que é viver. Entendo que assim como há uniões que constroem, há uniões que destroem. Eu fui apresentada a ambas.

Conheci um relacionamento destrutivo que me deixou à margem da vida. Passei anos perdida dentro de uma história de amor (?) que eu escolhi viver onde o “foram felizes” nunca fez parte do enredo. Fui infeliz na raiz. Todos os dias eu apostava que as coisas iriam melhorar. Até entender que o que melhora é resfriado, situação econômica do país, dor de cabeça. Relacionamento não melhora, apenas alterna fases quentes e mornas, como tudo na vida. O que é ruim não vai tornar-se bom. Só fui entender isso anos mais tarde quando tudo em mim clamava por socorro. É uma experiência detestável viver no vazio. Dizem por aí que tudo o que vivenciamos é válido, pois deixa-nos sempre uma lição. Eu discordo. Há vivência que não acrescentam absolutamente nada, a não ser o desejo, em vão, de nunca tê-las vivido.
Mas conheci também um relacionamento construtivo onde tive e tenho a chance de conhecer o que é de fato, viver a dois. Uma história de amor que eu também escolhi viver, onde o “foram felizes” continua presente, mesmo que o “para sempre” não possa estar garantido (o que, confesso, me angustia). Tudo vale à pena todos os dias, e permite tranqüilidade frente ao que precisa ser relevado e ao que não saiu absolutamente como o planejado. Relação quando é boa, é boa, e por si só, reinventa-se todo tempo. Até os momentos daquela enfadonha calmaria são terrenos para novas construções. É gratificante poder dividir tudo com quem você soma. Uma relação de amor e respeito, onde há companhia, parceria, uma mão sobre a outra, um abraço apertado naquela hora difícil, um “confio em você” quando o mundo parece desmoronar é mais eficaz do que qualquer tipo de medicação.
Só é preciso muita atenção para não achar que “antes mal acompanhada do que só”, porque uma companhia pela metade é de uma nocividade sem limites para saúde física, mental e emocional. A pesquisa aponta que quem é casado vive mais, mas acredito ser óbvio que o adjetivo “bem” esteja implícito antes do “casado”. Porque eu posso garantir, sem fazer nenhum tipo de pesquisa, que pessoas mal casadas vivem muito menos do que aquelas que vivem sozinhas.
Enfim, viver a dois é muito bom quando contribui para que a vida de ambos fique deliciosamente melhor. Caso contrário, ficar sozinho continua sendo uma boa opção, pois ninguém é uma companhia tão ruim para si mesmo, que mereça a punição de ser substituída por alguém que lhe cause  mal a ponto de contribuir, inclusive, para limitar seu tempo de vida.

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