O blogger é atualizado de acordo com as batidas do meu coração. É um prazer tê-los comigo.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

TIRE TAMBÉM A SUA MÁSCARA


Balanço de final de ano é imprecindível, principalmente o balanço de nossas relações. Eu leio compulsivamente, e desde os 15 anos, nada mais mexeu tanto comigo, com meus conceitos, com minha vida do que esse trecho do poema TABACARIA. É preciso ler e reler, tirar a "máscara" e encarar. Uma boa reflexão para final de ano. Um 2011 de verdade para todos!





"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo..."

"...Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime..."(Álvaro de Campos)





quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

NÃO EXISTE MUDANÇA SEM DOR

João é estudante de engenharia, tem 23 anos e namora Jacqueline, estudante de pedagogia desde que ambos têm  20. Ele mora com amigos em uma cidade universitária, ela, mora com a família. Se vêm todos os finais de semana. No início tudo era novidade, as viagens constantes que eles alternavam para se ver, os intermináveis sábados debaixo do edredon vendo filme a dois, as viagens para a praia nos feriados, como se fosse lua de mel. Já planejaram nome e número de filhos. Quem nunca fez isso? Foi o primeiro namoro sério de ambos. São bonitos, jovens, cheios de vida, e de planos. Ele quer fazer mestrado e doutorado, e com sorte, ir para Espanha em algum projeto da universidade. Ela quer se especializar em crianças especiais, e nunca pensou em se mudar da cidade em que vive a família. Não conversam muito sobre isso, pois seria sofrer por antecipação. Ocorre que  o problema não está mais aí. Ela anda suspirando por outro rapaz, com quem teve um namorico rápido anos atrás. Saiu com ele duas vezes, não se sente confortavel com essa situação, e tb não pretende namorá-lo. São diferentes demais. Mas com esse fato, percebeu  que a relação com João já "deu o que tinha para dar". Chegou a essa conclusão, mas não acha forças para terminar. Gosta dele, mas prefere ficar sozinha, fica bem na companhia dele, mas sente mais vontade de ficar com a turma de amigas, não consegue mais sentir prazer ao planejar com ele a viagem de férias, quer ir só com as amigas. E agora Jacqueline?
A vida é assim...todo dia ao acordarmos estamos fazendo uma escolha - do que vestir, do que calçar, de onde ir. Escolhas básicas e que não envolvem ninguém, que não nós mesmos. Mas existem outras escolhas que teremos que fazer para o resto de nossas vidas, que sempre envolverão alguém. No seu caso, envolve João, sua família, a família dele. Afinal, são muitos anos de convivência. Eu sei que é difícil. Qualquer mudança traz dor, pq nos tira da zona de conforto (graças a Deus!). Zona de conforto é um perigo para cairmos na infelicidade. Na vida é preciso ousar, arriscar, se atirar. Principalmente aos 23 anos! Vc vai sofrer, vai sentir falta dele, da família, dos programas, ele tb vai sofrer, mas passa. Tudo passa, meu bem. E tb tudo pode ter volta, basta que se decida e pronto, toma-se a relação de volta. Só o tempo perdido é que não volta. E tempo perdido é o que vc está vivendo agora. Levando uma vida que não queria levar, por falta de coragem de mudar. Não faça isso com vcs dois. Se é vc quem sabe que não quer mais, não prenda o outro. Solte-o. Ele achará o caminho dele sem vc. Não seja tão pretensiosa a ponto de achar que vc é imprescindível ou insubstituivel. Não permita que o medo lhe paralize. Medo de se arrepender? Se arrepender, basta tentar voltar, se ele não quiser, é porque não era para ser. Medo de fazer o outro sofrer? Se sofrer, não é vc o responsável, e sim o ato de viver, do qual faz parte perder e ganhar, coisas e pessoas. Muitas vezes, quando pensamos que perdemos, é a hora em que mais ganhamos. Dê a ele a chance de ser amado inteiramente por outra pessoa. Pq vc, a partir do momento que dividiu seu corpo, e seus pensamentos com outro homem, deixou de amar João inteiramente, como certamente ele merece. E vc tb. Seja honesto primeiro com seus sentimentos. O problema não é trair o outro, o pior problema está em  se trair. Coragem garota! Com certeza tem uma mãe ao seu lado para lhe dar o colo e a força que vc precisa nessa hora. Antes de tudo, siga o seu coração. Pena é o sentimento mais distante do amor. Se vc sente, esteja certo que não o ama mais.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

FANTASIAS SEXUAIS

L. tem 38 anos, casou-se com N. aos 20. Ambos têm a mesma idade, e em detrimento dos problemas inevitáveis do dia a dia,  são muito felizes. Os casal de filhos já é adolescente, o que permite novamente, que tenham mais tempo para ficar juntos. São ainda apaixonados, adoram ver filmes agarrados e dormir de conchinha. O problema mais sério que enfrentaram nesses 18 anos, foi um telefonema fora de hora de uma colega de escritório de cuja pessoa, L. morria de ciúmes. Dormiu uma noite chorando no quarto de hóspedes, enquanto ele implorava na porta que ela parasse com aquilo, que voltasse para o quarto, pois ele a amava como no primeiro dia. Quando finalmente ele silenciou, ela saiu quarto, já amanhecia e ele estava lá, dormindo recostado na parede. Fizeram as pazes, ela chorou, ele chorou e nunca mais dormiram separados. Ela confiava nele, mas o medo de perdê-lo sempre foi tão grande, que o ciúme muitas vezes era seu inimigo, mas N. com uma paciência hercúlea, sempre a fazia retomar a lucidez. Eles formaram uma casal de verdade desde o primeiro dia. Eram amigos, companheiros, confidentes, amantes. Sexo sempre foi uma grande descoberta para os dois. Com o passar dos anos ficou ainda melhor, apesar do tempo ter ficado menor, porque as crianças pediam atenção, e depois, veio a adolescência e uma preocupação ou outra com o dinheiro, o que por vezes, os fazia ficar mais "desanimados". Apenas uma vez, quando um dos filhos ficou gravemente doente, ficaram sem fazer amor por mais de 1 mês. Foi a única vez. Sempre se entenderam muito bem sexualmente, como em todas as outras áreas da vida. Acontece que de um ano para cá, N. começou a ter fantasias com outras mulheres, fantasias essas, compartilhadas com a mulher. Fazem o mesmo sexo bom de sempre, mas ele trouxe outras mulheres para esse momento. Segundo L, na verdade, ela até gosta dessa brincadeira, mas se preocupa se há algo por trás disso, como por exemplo, uma insatisfação em tê-la como mulher. Por isso pede ajuda. Eu, como sempre, posso opinar apenas com o que sinto. Acho que quando se tem um relacionamento saudável e feliz, o sexo segue nesse mesmo caminho, assim sendo, não há nada demais em incrementar a vida sexual de vocês como queiram. Variar, criar coisas novas, tudo é bem vindo, desde que não se torne uma dependência para que consigam fazer amor. Na minha opinião, repito. Claro, que é essencial que seja bom para os dois. Se você gosta, se ele gosta, qual o problema? Um casamento com tantos anos, pode sim, pedir fantasias, e cada casal escolhe a sua, desde que tudo seja feito para que os dois se sintam bem. Não cabe sacrifícios os concessões de forma nenhuma. Quanto à preocupação de você não satisfazê-lo totalmente como mulher, acho improvável. Mas você pode ter com ele uma conversa franca. Quase todo homem, senão todos, têm fantasias de fazer sexo com mais de uma mulher. Agora, fantasia, é fantasia, daí partir para o ato, é outra história, que pode até acontecer, caso vcs também concordem com isso. Como dizem por aí, e eu concordo, entre quatro paredes vale tudo quando se tem amor e respeito pelo outro. Não se consuma à toa, sua relação não pede isso. Curta seu casamento, seu sexo bom, com ou sem fantasias, e sua vida a dois,e feliz, coisa cada vez mais rara nos dias de hoje.

sábado, 25 de dezembro de 2010

NÃO PAGUE PARA VER!

Recebi um desabafo que devido a sua relevância no universo feminino, vou respondê-lo aqui. C. tem um noivo que sempre foi ciumento e segundo ela, com o tempo, até melhorou. "Ele sempre foi agressivo nas palavras, mas em tom baixo".(?) O que significa ser agressivo em tom baixo? Só serve para não passar vergonha na frente dos outros, certo? Porque agressividade é agressividade em qualquer tom. Depois ele quebrou um eletrodoméstico que não estava funcionando como ele queria. C. conversou, e ele disse que isso não se repetiria.Imagino que quem tem um ato irracional, a palavra já diz, não raciocina antes. Então, prometer que não fará mais, ele até pode, mas daí a noiva acreditar, é outra história. Aí ocorreu uma briga de trânsito, como tantas que acabam em morte, ele xingou, gritou com o motorista, e ao pedir-lhe calma, ele se voltou contra C, gritando com ela e mandando-a ficar quieta. Finalmente tiveram uma discussão porque ele sempre arruma um jeito de adiar o casamento, C. se aborreceu e saiu do carro, quando ele lhe puxou pelo braço de forma violenta, lhe machucando. Bom, o que mais me chamou atenção nesse desabafo é a lucidez de C. Ela faz um comentário de que nunca se rebaixou para homem nenhum, nem para o pai. E não tem que se rebaixar mesmo! Para ninguém! Em todos os casos citados ela diz que ficou chocada!!!(assim mesmo com exclamações). Se sua reação foi essa, sinal que entende perfeitamente a gravidade dessas ocorrências. Outra coisa, é que ela faz uma lúcida observação do progresso da violência do noivo, e diz temer onde isso vai parar. Mas o interessante, é que ela passa batido quando diz que ele sempre dá desculpas para adiar o casamento. Será que não é esse o motivo (mesmo que injustificável) para tamanha mudança de comportamento? Cara C., você já cogitou que ele possa não querer mais se casar, e está sem coragem para assumir isso? Confesso que na minha opinião, ele estará lhe prestando um favor, pq um cara que era agressivo nas palavras, passou a ser agressivo com objetos e por fim foi agressivo ao tocar vc, está desnudamente lhe dizendo que não espere nada dele. Ele não está lhe enganando. Vc é quem está se iludindo. Como eu me iludi um dia.
Tive um relacionamento com um homem educadíssimo. Nunca levantou o tom de voz, nunca falou um palavrão, nunca bateu nem a porta da geladeira com força, e muito menos me encostou um dedo. Mesmo assim, eu não quis ver o que ele me mostrava. Um dia, eu perdi um ente mto querido, eu já era noiva e ele, mesmo vendo todo meu sofrimento ficou o velório inteiro longe de mim batendo papo com conhecidos. Também fiquei chocada!!! Noutra vez, adoeci e pela gravidade, tive medo de morrer, chorando, assentada no sofá da minha casa, ele perguntou o que era, eu lhe respondi, ele se levantou e disse "Não vai ser nada. Tchau vou trabalhar". Não me deu nem um beijo, nem a mão sobre minha cabeça ele passou. Outra vez fiquei chocada!!! Assim, como vc, com três exclamações. Só que eu neguei as evidências e me casei com ele. Tudo se agravou rapidamente e eu passei a conviver com um cubo de gelo e sofri muito mais do que eu mesma poderia imaginar. Quem foi a responsável, eu ou ele? Eu, claro. Ele me mostrou, eu não quis ver. Minimizei as evidências. Não faça isso. Não pague para ver. Não aguarde para depois de casada ter a decepção de vê-lo chegar em casa, depois de pegar um trânsito difícil,  quebrar a televisão e ainda te mandar ir à merda. Se você quer ser respeitada, amada e feliz, pense que não existe agressividade baixa, alta ou mais ou menos, o que existe é agressividade e ponto final. Não aceite isso. Encare os fatos, e faça a opção de sofrer agora ao invés de adiar, fingindo acreditar em uma mudança que NÃO OCORRERÁ, e sofrer mais tarde.
Faça sempre a opção de investir em vc! Ele que vá achar outro canteiro para jogar sua ignorância! Coragem garota! Vc merece coisa muito melhor!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

NOITE DE NATAL - NOITE DE AMOR OU ...?






Noite de natal. Comércio em alta, reunião de família e amigos, consumismo de todas as formas: shopping, comida, bebida. Poucos se lembram de proferir uma oração, mesmo que silenciosa, para o "Aniversariante do dia."


Sabiamente escreveu Saint-Exupéry, no Pequeno Príncipe "O significado das coisas não está nas coisas em si, mas sim em nossa atitude com relação a elas." E dessa forma, cada um de nós dá às festas de fim de ano, com suas reuniões nababescas e barulhentas, o significado que queremos, ou temos coragem de dar. Eu ainda acho que é uma  oportunidade maravilhosa para analisar, repensar, e por que não olhar para o lado e observar os casais?  Você está feliz? Seu relacionamento te satisfaz? Tem ao seu lado o companheiro que gostaria? Tem o afeto que merece? 
Talvez escolha a comodidade de dar o mesmo significado da grande maioria, e apenas encarar as comidas e bebidas da noite de Natal,  esquecendo  todo o resto, ou pode optar por uma nova atitude - olhar para fora, comparar com o que carrega dentro  e fazer uma opção consciente para o próximo Natal. Seu companheiro pode até não saber a cor do seu vestido porque está te olhando nos olhos, mas não porque te esqueceu no canto da sala, ao sair para encher o copo de uísque, e só lembrou de você no fim da noite, quando te chamou para ir embora, dormiu ao seu lado e fizeram amor(?), apenas por costume e não mais por escolha. Um brinde à sua felicidade!  

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O FIM DE UMA HISTÓRIA DE AMOR EM IBIZA

Hoje me sinto extremamente nostálgica, não pela fim de ano e suas festividades, que só exerceram esse poder sobre mim quando eu ainda acreditava em papai noel. Mas pelo fascínio que a leitura tem sobre mim. Embrenho-me para dentro do livro e me perco lá, como se o mundo real fosse aquele. Só aquele.
Estou relendo pela 3ª vez, Catadores de Conchas, de Rosamunder Pilcher, 600 páginas de pura delicadeza. Lembro-me que na primeira vez em que o li, tinha meus 20 anos e passei batido pelo capítulo que narra a história de amor entre Olívia e Cosmo. Dessa vez foi diferente. Mexeu tanto comigo que precisei parar de ler e pensar.
Olívia, alta executiva de uma editora, solteira convicta de 35 anos, sai de Londres com uma turma de amigos para conhecer Ibiza, ainda uma ilhota deserta e quase desconhecida da Espanha. Lá encontra Cosmo, um belíssimo homem, 15 anos mais velho que ela, desquitado e pai de uma filha de 10 anos. Aproximaram-se, conheceram-se, apaixonaram-se, e ela, através de telegramas pede demissão do emprego, e avisa a mãe que ficará por lá. Um lugar sem telefone, sem shopping, sem a vida cultural, que ela tanto fazia questão de preservar, sem intelectuais, com exceção de Cosmo, que além de culto, reunia todas as qualidade que  nunca pensou encontrar em um único homem. Ainda assim, ela preferia encarar aquela sua brusca mudança, como  férias sem prazo. Contrariando a si própria e  todas as suas crenças, passou a levar uma vida simples, como a dos nativos, cuidava da horta, do jardim, da casa charmosa e aconchegante, fazia longas caminhadas, passava horas lendo na rica biblioteca da casa, nadava, e... amava e era muito amada! Nas férias conheceu a filha de Cosmo, e se apaixonou pela garota, outro choque para alguém que passava longe até mesmo dos sobrinhos. Tudo era perfeito demais. Nunca mais usou batom, nem salto alto, aliás, nem se calçava mais. Usava moletons folgados e deliciosamente confortáveis. Estava extremamente feliz. Cosmo vivia ali há uma década. Sua ex mulher não se adaptou ao lugar e se foi com a filha. Ele ficou. Era aposentado, além de contar uma pequena renda de um dinheiro deixado pelo pai. Mas nunca conversavam sobre dinheiro, bens, posses. Às vezes ela pagava alguma coisa, mas lá não se gastava quase nada.
Olívia já não se imaginava sem ele. Nunca sentiu falta, nem por um minuto, de sua vida agitada, de seu trabalho, de seus amigo. Um ano se passou. Até que um dia um senhor chamou por Cosmo, conversou com ele, entrou na casa, olhou a descarga do banheiro e se foi. Ela pensou ser o encanador, apesar das boas roupas e do carro muito mais novo que o de Cosmo. Perguntou despretensiosamente quem era o homem, e ele respondeu com a mesma despretensão: "O dono dessa casa" Como? Não era ele o proprietário? Não, não era. Era o zelador. Apenas o zelador. Não tinha casa própria e nem dinheiro para tê-la. Ela questionou o que ele deixaria de herança para a filha, e ele lhe respondeu "lembranças". A mulher de negócios surgiu indignada:  "Como uma pessoa pode viver bem, sem possuir  casa própria?" E ele lhe respondeu que nunca lhe fez falta. Ela lhe perguntou se ele tinha reservas financeira para caso de uma emergência, ao que ele respondeu: "Não, tenho apenas o suficiente para viver o dia a dia". "Mas, Cosmo, e se vc adoecer, e se vc precisar, e se vc ficar sem essa casa, e se, e se, e se..."
De repente, ela começou a querer sua vida de volta. E assim, ela se foi. Largou o amor, a vida de frente para o mar, os moletons aconhegantes, os braços morenos que lhe envolviam nas noites frias. Voltou para seu apartamento de dois andares de paredes brancas, para suas roupas de griffe, e para o antigo cargo na editora.
Sentiu-se traída por ele nunca ter lhe contado aquele fato, de fundamental importância para ela. Mas ele não sabia disso. Ele apenas não tinha casa própria, nem reservas financeiras. Já ela, ouvia desde menina que comprar uma casa, e ter uma poupança era vital, aprendeu que ninguém poderia viver em paz, sem a certeza de  um teto e de um dinheiro extra.
Escala de valores é isso. Cada um tem a sua, e ela é capaz de destruir as maiores histórias de amor. Por isso defendo que para que o amor dê certo é essencial que as prioridades do casal, sejam no mínimo, bem próximas.
Olívia e Cosmo não pensaram nisso.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

ATÉ QUE A MORTE OS SEPARASSE OU OS UNISSE...

 ...
Crônica belíssima de um amigo escritor. Segue abaixo:

"Tempos difíceis os de hoje, qdo um ônibus enguiçado na avenida vale mais como notícia do que vou contar. Nada demais, um casamento....
Os noivos já tinham casado no civil uma semana antes, a festa era do religioso. A noiva de vestido, véu e grinalda, igreja cheia, padrinhos, todos os convidados presentes pra comemorar. O noivo nem demonstrava mta ansiedade, parecia tranquilo.
Entraram na igreja, ela foi caminhando pro altar, o padre e o noivo esperando, a música tocando, os noivos sorrindo, tudo ia dar certo em Camaragibe, Pernambuco, Renata e  Marcelo. estavam se casando como tinham planejado.
Só q o noivo tinha planejado outra coisa.
Eu vi as cenas da reconstituição, segundo os relatos das testemunhas.
Na frente do padre e de todo mundo, Marcelo sacou um revólver e fulminou Renata.
 Ainda com revólver na mão, atirou no seu chefe e no padrinho. A igreja ficou solidificada, estarrecida, sem entender o q estava acontecendo, todos corriam pra se abrigar em algum lugar. O noivo ainda deu mais alguns tiros, feriu uma pessoa e num ato de desespero, atirou na própria cabeça. Parecia uma peça de teatro, as pessoas mortas espalhadas pelo chão, nem Nelson Rodrigues faria melhor, a vida como ela é.
Os músicos já tinha parado de tocar, mas as flores estavam lá e as velas continuavam acesas, as pessoas sem entender nada do q tinha acontecido, mas os corpos estavam  estendidos pelo chão, diante dos olhos de toda a igreja.
As pessoas saiam correndo pro estacionamento, alguém chamou ambulância e polícia, nada a fazer, o casamento acabou, a festa acabou, cheiro de pólvora e sangue ficou.
Ninguém sabia de nada, houve traição, o noivo descobriu? A irmã não sabia de nada, um irmão ferido tmb não sabia, ninguém sabia. Prq o chefe e o padrinho?
A loucura do ser humano não tem limites, falei isso aki outro dia. Qdo o amor está envolvido fica ainda pior, as emoções são fantásticas, são de teatro grego nos dias de hoje. Só os envolvidos poderiam dizer alguma coisa, não mais agora.
Q pena, Renata e Marcelo, podia ter dado certo, até  q a morte os separasse ou unisse..."
                                                                                                                             Douglas C. H. Menhinick

domingo, 19 de dezembro de 2010

É HORA DE ACABAR?

Recebi hoje o desabafo de uma garota de vinte e poucos anos, cujo namorado não lhe dá mais a atenção, que ela, e qq mulher gostaria de receber, qdo aposta em um relacionamento. No fim ela escreve: seria tão bom se no coração tivesse um botãozinho "desliga". Seria mesmo, mas não tem. O que temos é a difícil, mas abençoada opção da escolha. Qtas vezes vive-se anos dentro uma relação inteira, ao lado de um parceiro carinhoso, atencioso, amoroso, e um dia, ele/a deixa de ser assim. Começa então, o suplício de descobrir o que houve. Primeiro vem a tediosa parte da D. R.. Depois de constatar que discutir a relação foi em vão, porque ele diz não aconteceu nada, é impressão sua, parte-se para a desconfiança. Será que tem outra? Deixou de me amar? Quer terminar a relação e está sem coragem? Aí, uma parcela dessas pessoas entra na fase negra, chora por qq coisa, não tem ânimo para nada e fica esperando que com o passar dos dias as coisas melhorem e tudo volte a ser como era antes. Outra parte se assusta, começa a ginástica, sai para comprar camisolas mais ousadas, se culpa  por estar envelhecendo (como se o companheiro estivesse congelado). Tudo em vão, para as que entregam os pontos e para as que vão à luta. Pq relacionamento não é luta, é parceria. E parceria muitas vezes chega mesmo ao fim. Por diversos motivos. 
Mas então, como saber se acabou o interesse, o amor, o desejo de ficar junto se o outro não se abre? Como saber se é só uma fase difícil, ou se é mesmo o começo do fim? E é uma dúvida desumana! Que infelizmente  acontece inúmeras vezes. É vc sozinha querendo entrar dentro da cabeça e coração do outro. 
Minha opinião é, converse, tente entender. Não conseguiu? Olhe para vc. Está feliz? Dá para continuar sendo feliz com esse novo companheiro que "apareceu" ao seu lado? Em 100% dos casos acho que não.  O que fazer então, se vc continua a mesma?  Amando, se dedicando, contando  de envelhecer ao lado dele? Dificílima decisão, mas...Em primeiro lugar precisa vir vc. Se ele não quer trocar esse momento com vc, conversar, confiar, então vc deixou de ocupar lugar de destaque na vida dele. A melhor coisa que pode fazer é começar a pensar em uma separação. Digo começar pq é um processo  difícil e doloroso que não dá para ser decidido no impulso. Mas... já que não temos o tal botaozinho que desliga nosso coração de um amor que não vale mais à pena, podemos contar com a cabeça, a coragem e o amor próprio para decidir se é mesmo hora de acabar.

sábado, 18 de dezembro de 2010

REGANDO FLORES SECAS

Os e-mails pipocam de todos os lados, deles e delas, com um tema comum: retomar ou não uma relação.
Eu sou uma descrente convicta em  recomeço entre casais.  Propostas novas, aquele retorno envolto  de esperança e expectativas. Nova chance dentro do velho. Não me considero pessimista, pelo contrário, aposto na busca incansável pela felicidade. Acredito, e muito, que  as pessoas mudam, aliás como canta Lulu Santos "tudo muda o tempo todo no mundo". Se não mudam as pessoas, ao menos muda a forma como as olhamos. Tudo na vida é uma questão de perspectiva. As pessoas que não deram certo em um casamento, não estão condenadas. Claro que devem se dar a chance de tentar, só que com outros pares, pois mesmo que ambos tenham se transformado,  essência não muda. Hábitos sim, essência não. Mas vamos considerar a hipótese de que ambos tenham mudado o suficiente para fazer com que a relação, a partir de então, tenha maior chance de dar certo. O que fazer com as lembranças? Onde guardar as mágoas? Onde colocar o temor de que tudo se repita? Pessoas mudam. Fatos são atos consumados, e isso é imutável. Precisam ser aceitos, relevados e... esquecidos. Mas e a memória que nos trai? O coração que dispara ao passar em algum lugar ou ver alguém que  remete a alguma dor do que vc viveu com ele/ela? Vc pode estar se perguntando: mas posso sentir tudo isso, mesmo estando com outro parceiro. Claro! E o mais provável é que sinta mesmo. Mas quando vc olhar para o lado, vai estar de mãos dadas com a esperança de que aquilo nunca mais vá lhe acontecer, pq estará construindo,  investindo em algo novo. Mas se ao olhar para o lado,  estiver de mãos dadas com o passado, a sensação será de medo. É uma aposta muito arriscada.
Construir é diferente de consertar. Reconstruir até vale à pena. Quando é para reconstruir vc mesma, seus sentimentos, suas esperanças para tornar-se inteira novamente, pronta para investir em outra relação. Mas consertar, colar cacos, fazer emendas em uma relação que já teve  sua chance, é pular do 13º andar de costas, como diz uma prima querida.
Eu apostei e não valeu. Conheço dezenas de pessoas que apostaram e também concluíram que não valeu. Conheço uma meia dúzia de três, que apostaram e deu certo. Acho. Sempre digo que certezas não existem, mas existem caminhos mais prováveis, e acho que o mais sensato seja mudar o foco e a direção, para não perder tempo regando flores secas.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

FIM DE UM RELACIONAMENTO, FIM DE UMA VIDA???

Se existe um assunto que não me interessa é futebol. Mas fui surpreendida hoje, ao ler os jornais, com a foto de um homem lindíssimo, Dale Roberts, goleiro de um time da Inglaterra. A manchete  dizia que o goleiro se suicidara minutos antes de entrar em campo para disputar um campeonato, por ter sido traído pela namorada com um irmão. Li a reportagem e confirmei o que já desconfiava - vale de tudo para se vender notícia...Tanto que eu, que passo a quilômetros, até de notícias sobre a seleção brasileira,  parei para ler sobre jogador de futebol inglês. Claro, se apresentava uma tragédia, e, relacionada a um assunto que me interessa. Bom, li o texto e os fatos não eram  como se apresentavam na manchete, a não ser, infelizmente, o belo rapaz que realmente se suicidara. Ele não foi traído, porque a moça era sua ex-namorada há 7 meses, e nem o rapaz com quem ela estava era irmão do goleiro em questão, mas somente irmão de um  jogador do mesmo time dele. Marketing para mim quase sempre beira o mau caratismo (desculpem-me os sérios profissionais, mas é a minha opinião).
Isso me fez pensar no que leva um homem rico, lindo, famoso, rodeado por mulheres, dar fim a sua vida por causa de uma mulher que ele apenas namorou (sem querer fazer juízo de valor de seus sentimentos), mas nunca dividiu com ela o mesmo teto, as alegrias e tristezas, a saúde e a doença, as escovas de dentes, os problemas domésticos...Nem ao menos tinham planos de se casar. E nem tiveram filhos. Em outra reportagem, menos sensacionalista, a família do goleiro disse que ele nunca se conformou com o término do relacionamento, que era um jovem pacato, nunca se envolveu com drogas, não era de baladas. Apenas amava demais a ex namorada. APENAS? NÃO! O suficiente para se encher de coragem e tirar a própria vida, destruindo a vida dos que estavam a sua volta, e realmente o amavam. 
Como sempre digo, vemos nos outros aquilo que queremos ver. Ele projetou nessa mulher sonhos e planos que eram só deles, e agora, coitada, ela é a vilã da história! O belo esportista tirou a vida pq ela não o quis. E daí? Era um direito dela. Não quis mais, ponto final. Mas ponto final em uma vida??? Difícil entender. Impossível aceitar. 

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

TRAIÇÃO


Oi pessoal, é impressionante a enxurrada de e-mails que recebo sobre o tema traição. Sinceramente, nunca me ative   ao fato de que  tantas pessoas sofressem com o mesmo problema, tivessem a mesma queixa, a mesma ferida e a mesma incerteza frente ao dilema: perdoar ou tentar? Aqui no blog, o universo feminino que desabafa   sobre traição, sobrepõe, e muito, ao masculino, mas ainda acho que é por  uma simples tentativa de preservar a masculinidade (como se  ser traído os diminuíssem como homem) do que por uma menor incidência entre eles. A verdade é que  o tempo passa, os séculos mudam, a progresso não pára, mas ninguém explica porque tantas pessoas que dizem se amar (e muitas vezes isso é verdade), traem, mentem, enganam (ao parceiro e a si mesmo) dilacerando sonhos, e projetos de vida. Será impossível viver sem desejar outras pessoas? Será que a fidelidade é diferente de ser fiel? E dá para perdoar uma traição e continuar apostando na relação?  Será  apenas um ato de escolha? Pode a vontade de manter a relação, comandar a cabeça que fica imaginando o seu parceiro gemendo de prazer nos braços de outro(a)? E o coração que não se aquieta perante esse fato e principalmente frente a possibilidade de ter que enfrentá-lo alguma outra vez? Quem mente, mente sempre? São perguntas sem respostas. E frente a isso me lembrei de um belo poema de Martha Medeiros:

"Eu perguntava quantas foram
E você falava sobre o tempo
Eu indagava quantas vezes
E você acendia outro cigarro
Eu suplicava quantas mais
E você não respondia
Pedia pra mudar de assunto
Pra que pudesse mentir sobre outra coisa".

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

TENTANDO OUTRA VEZ

Recebi o desabafo de um marido que traiu a esposa inúmeras vezes. Esse depoimento causou várias reações por parte dos leitores do blog. Inclusive eu mesma, emiti minha opinião, que certamente não foi nada confortante para esse jovem rapaz. Cumpro o papel a que me propus aqui no blog, que é dizer o que acredito, mas claro, que isso não é profecia e nem verdade absoluta. Colocando por terra o que eu disse, com determinação e muita coragem, ele e a esposa estão aí, dispostos a recomeçar. Eu, daqui, torço pela felicidade, seja ela como for. O post abaixo demonstra uma aposta na felicidade. Deixo-o aqui na página principal, para que outras pessoas ao ler o seu testemunho, possam acreditar que, algumas vezes, vale à pena arriscar dando novas chances ao casamento. Não é essa a minha opinião, mas não sou dona da verdade e sinceramente desejo do fundo do coração, muitas felicidades a vcs e a essa nova família que recomeça. Deus abençoe vcs.


"Bom dia. Comentei no seu blog a minha vida que estava de cabeca para baixo por causa das minhas traições, eu sou aquele casado há um ano. Tenho 23 anos,como ja tinha descrito, meu casamento estava na pior. Embora tenha recebido muitas criticas nesse blog, venho para dizer que apesar das minhas graves falhas, meu casamento foi salvo,pois tenho ao meu lado uma pessoa que me ama. Eu errei, pedi desculpas e fui perdoado. Hoje realmente mudei e amadureci. Amo minha esposa e vou fazê-la a mulher mais feliz do mundo! Vou dar muito valor a essa mulher que esta do meu lado. Com a ajuda de Deus e a compreencao dela, tudo esta melhorando, e depois disso só tenho a agradecer a Deus por colocar uma pessoa tão especial do meu lado. Fui até criticado por alguns comentarios do blog, mas atirar pedras é fácil. Eu magoei uma pessoa muito amada por mim, mas vi meu erro, assumi, e mudei. É muito facil julgar, pois toda dor é suportável, menos para aquele que a sente. Só eu sei o que passei por ter traído. E para quem trai deixo um conselho: nao se engane, traição é uma droga! Dá prazer na hora e depois vem o estrago.Cuidado, nem sempre a felicidade dá outra chance igual a que eu tive, e para aqueles que estao com o casamento em crise, fiquem calmo, lutem com sabedoria, e não prometa nada que não possam cumprir. obs: Deus salvou meu casamento, minha principal mudança foi em honra e glória do Senhor. Um abraço e felicidades para todos". 

domingo, 12 de dezembro de 2010

AMOR OU PAIXÃO?

"oi querida olha só...tenho a sua idade e um bebe com o msmo tempo de vida...estou a quase 8 anos com o pai do meu filho não estou casada mas nos estamos juntos e nos damos muito bem!!!exceto pelo sexo que hora hora é maravilhoso e hora não,na verdade eu acho q depois de ter meu filho o apetite sexual já não é mais o msm.já separei dele varias vezes antes de engravidar por achar q não gostava mais dele,mas essa foi a melhor forma de eu perceber q eu o amava de verdade,e q o amor pra existir não precisa estar sempre brilhando,explodindo,incendiando...ele apenas existe, esta ali nos pequenos gestos. não queira perde-lo para valorizá-lo. tudo de bom 
bjux ".
Esse comentário foi do post "O Marido". Lê-lo me encorajou a entrar novamente nesse assunto. Em uma dessas revistas que sempre lemos no salão de beleza, me deparei com a entrevista da atriz Carolina Dieckmann, onde ela dizia que teve pouquíssimas relações durante a vida porque ela detesta paixões, só gosta de amor calmo. O q acontece então? Ela não teve paixões?Sim, com os dois maridos, mas só se sente de fato feliz e serena, quando essa paixão vai sendo substituida pelo amor. 
Porque as pessoas do meio artísticos se separam tanto (cito esse meio pq ele é notícia)? Na minha opinião porque estão a procura  do oposto de Carolina Dieckmann. Pulam de galho em galho em uma busca sem fim por uma relação que consiga manter essa explosão, esse brilho, esse incêndio permanente, como tão bem disse nossa colega aí em cima. 
Bebê tira mesmo tesão por um tempo, mas isso passa.
O que é importante para fazer uma mulher feliz, pode não bastar para outra. Não há regras. Há dicas. Como diz uma amiga minha: "cada qual no seu caracol".
Eu, por exemplo, preciso de um homem multi-funcional, que saiba desde consertar a pia da cozinha até fazer amor muito bem. Eu preciso de um homem inteligente. Eu preciso de um homem corajoso. Eu preciso de um homem muito bem humorado. Eu preciso de um homem que me deixe livre. Eu preciso primeiro de tudo, admirar o homem que está comigo. Enfim, para que eu ame um homem eu preciso incondicionalmente que ele tenha essas características acima. Mas demorei mto para descobrir o que era essencial para que meu amor sobrevivesse. Eu ADORO aquela fase da paixão. Mas ela NÃO dura. Quem quiser mantê-la a qq custo, vai ter sim, que pular de galho em galho, para no fim chegar a conclusão de que NÃO EXISTEM fogos de artifícios no dia a dia do casal. Isso não quer dizer que a relação precisa ser morna e sem sal. Momentos especiais estão aí, basta produzi-los com criatividade que os fogos explodem, sim! 
Como tudo dentro de um relacionamento, o sexo ocupa uma posição diferente na lista de cada mulher. O que eu acho fundamental? Que ele esteja, senão na mesma, pelo menos em uma posição bem próxima de ambos os parceiros. 
Enfim, há quem busque viver a paixão, há quem aposte no amor. O importante é ter consciência de que a paixão não é duradoura, ela se transforma, ou não, em amor. Existem pessoas que não são felizes sem essa paixão avassaldora. Para essas, digo que a única solução é mesmo pular de galho em galho, e não vejo problema algum nisso, se os envolvidos estão felizes e não estão passando por cima de ninguém. Para as que curtem o amor, mas sentem falta do avalanche delicioso da paixão, sugiro fugidas a dois, com surpresinhas que só as mulheres sabem fazer. A verdade é que o amor, como tudo na vida não permanece sem dedicação! De ambos, claro!

sábado, 11 de dezembro de 2010

RESPOSTA A MÃE DE THOMÁS

Pois é gente, eu já sabia que as coisas nem sempre são fáceis, mas às vezes nos pegam por um lado que hummmmm! Vc nunca esperava. As pessoas me mandam seus desabafos. Alguns posto aqui, outros ficam lá na página dos desabafos. Meu critério é a intuição. Se acho q o assunto vai ajudar um número maior de leitores, eu coloco na página principal. Dessa forma veio parar aqui, a história do querido Thomás, lembram? Aquele q estava proibido de namorar. Acontece que a mãe dele, monitorando seus atos, acreditando tb  monitorar seus sentimentos, achou o post dele, e me escreveu um email gigante (q não posto aqui pq não vai acrescentar nada na vida de ninguém) e a frase mais singela que ela me disse é "torço para que vc não passe com seus filhos o que estou passando com o meu". E claro, aí vai minha resposta:
Caríssima Sra., não sei se está enfrentando com seu filho algum caso de doença incurável, vícios, desvio de personalidade grave, torço para que não. Dessas fatalidades, eu peço a Deus sempre que  me proteja. Mais do que isso, não tenho coragem de pedi-LO. Tenho filhos saudáveis, de boa índole, inteligentes, sem vícios, como seu. Não projeto nos meus filhos meus sonhos e nem minhas frustrações. Não faço deles uma redução inexorável de mim mesma. Respeito-os nas suas escolhas, e quando não concordo com elas, trago-os para junto de mim, para o meu colo. Acho mais inteligente e produtivo. Respondi ao Thomás, o que responderia aos meus filhos. Apesar de que jamais agiria com eles, como vc tem agido com o seu. O desabafo dele foi um pedido de socorro a uma desconhecida, ou melhor, à tela fria de um computador, pq a pessoa a quem ele deveria estar recorrendo, desabafando e deitando no colo, tem agido como um general. Seu filho não é um degenerado, apenas está apaixonado por uma menina que vc, no seu direito de mãe, e não de Deus, acha que não é o melhor para ele. Muitas vezes fui condenada por pessoas próximas pela forma  que eduquei meus filhos (diga-se de passagem filhos de pais separados, sendo eu tb, filha de pais separados). Quando tiravam notas baixas, ou extrapolavam o horário marcado para voltar para casa, ou quando o mais velho tomou seu primeiro porre (ou vc acha que o seu filho está imune disso?), jamais bati, e nem mesmo castiguei. Conversava. Incansavelmente. Mas quando agiam de forma egoísta com algum colega, ou quando um irmão não queria emprestar um brinquedo, e mais tarde, uma roupa ao outro, aí sim, além de muita conversa, eu tb castigava. Porque são esses  valores que eu acredito que formam os cidadãos que o mundo precisa. E eu,  quero colaborar com o mundo,  não me interessa saber o que a maioria pensa, ou o que meus vizinhos acham. Não me preocupa se o projeto de vida do meu filho é ser um professor de matemática do ensino fundamental, desde que ele esteja entre os melhores professores. Não me preocupa se se meu filho namora a filha do fulano ou do sicrano, desde que ela seja do bem, e ele, um cavalheiro, e ambos ajam com honestidade dentro da relação. Não me preocupa se meu filho é o primeiro da escola, mas me preocupa se ele é solidário ao colega de sala. Não me preocupa se meu filho não organiza seu quarto como eu gostaria, mas me preocupa se ele beija seus irmãos ao chegar da rua. Não quero filhos brilhantes, quero filhos felizes.
Enfim, cada um dá o que tem, e educa como pode. Não estou aqui para julgá-la, mas para lhe dizer publicamente, que respondi ao apelo do Thomás, e responderei quantas vezes ele conseguir me escrever, pq não tenho medo de ameaças. Sinceramente, temo pelo futuro do seu filho, que pode até não ficar com a filha de pais e avós separados, mas pode ficar tão longe, mas tão longe  de vc, que quando vc acordar, sua mão não poderá mais  tocar a dele. Deus ilumine suas decisões.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O MARIDO


"Boa noite Marcela, dia desses estava navegando na internet e acabei achando seu blog. Está de parabéns...gostei muito, tanto que entro todos os dias pra ler os posts.
Meu nome é M.  tenho 26 anos, casada há 3 anos e mãe de um menino de 1 ano e 7 meses.
Antes de conhecer meu marido, tive um namoro de 4 anos e 6 meses antes de nos casarmos peguei ele me traindo. Nossa, que decepção! Nunca pensei q ele fosse capaz de fazer akilo...fui ao psicólogo para ajudar a superar o trauma... 6 meses depois engravidei (por escolha)
 e me casei com meu atual marido que sempre foi exemplar, cuidou de mim na gravidez muito bem, íamos juntos tomar banho pra ele me ajudar, enxugava meus pés, calçava meus sapatos, enfim, era um zelo de dar inveja. Depois que o nenem nasceu, não mudou nada, ele continua cuidando de mim e do bebe. Engordei 30 kg na gravidez, e ele ainda sente o mesmo tesão por mim. Sempre nos demos muito bem na cama, o sexo sempre foi uma loucura, os beijos sempre foram ardentes. Mas agora, passados quase 3 anos, estou confusa, não sei se fiz certo casar tão rápido... Penso se casei por carência, ou medo de ficar sozinha, sei lá.Tenho tesão por ele, mas não como antes, não todo dia, não com akela loucura de quando nos conhecemos... percebo que ele fica chateado por não corresponder mais a ele....não sei se é normal, se acontece com todas, se é uma crise e logo passa...Se puder me ajudar com um conselho, fico muito agradecida, mas se preferir não opinar como fazem os psicólogos entendo...só o fato de poder ler os posts do seu blog já me ajuda..Obrigada..."
Querida M. posso opinar à vontade, não sou psicóloga e sei como esperamos ouvir algo de concreto quando estamos em conflito. Postei seu desabafo aqui pq acredito que vá encontrar eco em dezenas de mulheres.  Tudo isso é sim, normal. A vida da gente é uma roda gigante, nada é constante, nada é para sempre, tudo está em movimento, tudo é cíclico - hora está maravilhosamente bom, hora está morno, hora está frio, e aí com um pouco de serenidade voltamos a perceber que tudo está novamente bem. A vida é feita de momentos, nada permanece com a mesma intensidade. Pelo que vc descreveu seu marido é "o marido". Vcs formaram uma família de verdade, uma parceira bonita, uma cumplicidade real.  Se vc percebe que ele se sente inseguro com suas mudanças, converse francamente com ele. Nada melhor do que abrir o coração.  O que vc está sentindo é exatamente o que sentem pessoas que   não ficam apenas na janela olhando a vida passar. São pessoas que analisam seus sentimentos sem medo, que pesam seus sorrisos, que medem  seu tesão, que têm expectativas, renovam seus sonhos e não temem pelas respostas que vão encontrar pela frente. Isso é estar vivo! Parabéns para vc! Bjos

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

PROIBIDO DE NAMORAR

Amo os adolescentes! Adora vê-los se descobrindo, trombando nas coisas até achar o caminho, tropeçando até acertar os passos. É uma fase bonita. Tenho recebido e-mail dessa "turminha". Respondo a todos, mas um em especial vou postar aqui. Thomás tem 16 anos. Estudioso, tranquilo, convive bem em família, conhece e respeita as regras dos pais. Tem hora para chegar em casa, tem que apresentar-lhes os amigos, tem que tirar boas notas na escola e nada de sair à noite no meio de semana. Já ficou com algumas garotas e até se aventurou a contar para a mãe, na primeira vez, mas depois de todo o questionário sobre a garota e sua família, onde só faltou  pedir um nada consta, de todos, na delegacia, ele nunca mais falou nada. Um dia, se viu apaixonado por uma garota um ano mais nova que ele. Começaram um namoro sem alarde. Até que o irmão mais velho disse na mesa do almoço que ele dançaria com a namorada a valsa dos 15 anos na  festa de aniversário da garota. Pronto! Armou-se a confusão.
-Quem é o pai, mãe, avô, tataravô, onde moram?
-Bom, o tataravô, no céu, o avô, na casa dele, o pai no endereço tal e a mãe no endereço tal .
-O que??? São divorciados? Onde trabalham? Onde ela estuda, quais são suas notas? A que horas tem que chegar em casa?
 Só faltou perguntar qual a renda mensal familiar. Dois dias depois, foi convocado para uma reunião de família , pai, mãe e os dois irmãos. Ele não poderia se envolver com a menina.
-Pirou mãe? É só um namoro, não vou me casar.
- Não pode. Os pais são separados, os avós tb eram separados, ela certamente não tem muita regra, pq filhos de pais separados são sempre assim, ainda mais, filhos de filhos de pais separados...
Como assim? Que nova teoria é essa?
-Não adianta insistir, meu filho. Procurei saber, e a mãe dela sai à noite, ela não deve ter bom exemplo em casa. E a guarda é compartilhada! 15 dias na casa do pai, 15 na casa da mãe, quem essa menina obedece? Coitada!
 -Bobagem sua mãe, eu vou continuar namorando.
 Os irmãos acharam uma grande besteira da mãe e ficaram do lado de Thomás. O pai, que parecia alheio, saiu em defesa do filho, em vão. Mas depois conversou com  ele, dizendo que ia  convencer a mãe daquela insanidade. A mãe se tornou o guarda- costa do filho. Levava-o e buscava-o em todos os lugares, inclusive na escola. Em casa, ele estava sempre trancado no quarto, ou no computador,  ou no celular conversando com a garota. E a cada dia mais apaixonado. Até que o pai, tentando retomar o ambiente  saudavel da casa, conversou com a mãe, dizendo que tudo aquilo era em vão, porque ele continuava perto da menina, fosse no computador, ou no celular, e que nos dias atuais as pessoas se envolvem e até se casam, aos borbotões, a partir da tela de um computador. Pronto! A mãe lhe confiscou o computador e o celular. E foi aí que ele escreveu para mim. Não pediu conselhos, só disse que queria desabafar.
Pois bem Thomás, você desabafou. Mas vou te dizer algumas coisas. Tenho filhos da sua idade. Já sofri com namoros indesejados por mim. Nunca por motivos tão vagos (na minha visão) quanto os defendidos pela sua mãe, mas por perceber que não havia reciprocidade de sentimentos, e é difícil perceber um filho que você ama tanto,  cuidou com  carinho, conhece suas qualidades, investindo sozinho em um relacionamento que deixa evidente que é caminho de mão única. Fora isso, sinceramente nunca quis saber quem eram os pais (a não ser por curiosidade), onde moravam, ou se eram ricos ou pobres. O que sempre me interessou saber quando eles eram mais novos, era se as namoradas tinham vícios, pq adolescentes se envolvem sem consciência nenhuma no "barato" do outro, e depois, se  tinham caráter, consideração e respeito por eles. Se vc diz que seu pai está contra a posição dela, procure-o, abra seu coração para ele, diga o que você pensa, peça ajuda. Certamente ele vai saber contornar a situação. Afinal casais discordam, e quando isso ocorre, cada um defende seu ponto de vista, baseado em suas crenças, e você é filho dos dois, igualmente. Até entendo sua mãe, só não compactuo da postura que ela adotou. Esse namoro pode acabar em casamento, mas também pode passar como uma chuva de verão. Se for para sempre, a chance que essa garota tem de querer a família que ela não teve, é imensa. Mas a vida nunca nos dá garantias. O que sempre digo, é que devemos nos nortear pelas evidências, e o fato de não ter sido criada com uma estrutura familiar "comum", ou ter uma vida mais livre de horários rígidos, ou até mesmo ter notas baixas,  não pode e nem deve ser evidência de nada. Na vida não há certezas.  Sua mãe tem boas intenções, mas certezas, jamais terá o privilégio de tê-las.

sábado, 4 de dezembro de 2010

UM MUNDO A SEUS PÉS!

Hoje recebi outro e-mail que também achei interessante postar aqui. Vem de "além mar", de uma menina de 16, que tem a mesma dúvida da senhora de 54 anos . Aí vai:


"Namorava quase á dois anos, ele tem 17 eu tenho 16 anos, fazíamos uma vida em conjunto, só não morávamos juntos. ... Ele dava-me tudo. Bastava dizer eu gosto, era completamente tudo, era o meu amor, o meu único amor, tínhamos a relação que todos invejam, não saiamos um sem o outro, estávamos sempre a falar por mensagem à noite, ligava-me para dormir sempre. Um dia, no mês de Outubro fiz uma cena de ciúmes ... e ele acabou comigo. Fui a casa dele falar com ele, rebaixar-me, pedir para ficar comigo, mas ele agarrou-me e disse que não me amava... começou a falar sempre com a tal gaja, a encontrar-se com ela, haviam pessoa que me vinham dizer que os viam aos beijos, mas eu sempre acreditei nele, porque ele vinha-me perguntar, muito ofendido, se eu acreditava nessa pessoa, e  como confiava demasiado nele, disse-lhe que é obvio que acreditava nele. Até que segui -o e vi-o uma hora encostado á para com ela, a fazer o que não sei, ... e depois de ela ir embora, manda-me uma mensagem a dizer que foi lanchar. Eu respondi normal, fiz de conta... No domingo a seguir, veio a minha casa fazer um trabalho e estivemos juntos, mas no fim, ele disse que não devia ter acontecido, porque somos só amigos, pois agora, namora com ela... Mas fica a falar do que fazíamos, e eu como gosto dele cedo sempre. Eu não sei o que fazer, mas eu só o quero de volta, ela é uma pita, não sabe o que é amar como eu o amo, ajudem-me a percebê-lo, e digam-me o que hei-de fazer para o ter de volta, porque eu amo-o muito". S.S.
S.S., vc descreve uma relação de fazer inveja a Romeu e Julieta, e credita seu término a  uma única cena de ciúme(típica dos jovens casais apaixonados) protagonizada por vc. A partir daí , vc tenta entender o que está acontecendo, até ter certeza de que seu amor está com outra, o que ele nega veementemente, e vc, para não aborrecê-lo, finge acreditar. Até que um dia, ele decide lhe confessar que está namorando com outra. E qual o momento que ele escolhe para assumir isso? Logo após vcs  fazerem amor! 
Bom, vc diz que mesmo com outra, ele fica rondando vc e que vc cede por amá-lo. E eu não posso deixar de perguntar-lhe: E vc onde fica nisso tudo?  Ele é ótimo, ele termina com vc do nada, ele nega que tenha outra, ele faz amor com vc e ele decide nesse nobre momento lhe confessar que realmente tem outra namorada, e por fim, ele continua cercando vc...Tem certeza de que é esse é o mesmo garoto que vc começa descrevendo na carta? Se é, vc precisa entender que as coisas mudaram para ele. Novamente ele! Podem continuar como sempre foram para vc, mas uma relação é feita a dois, e nessa, vc ficou sozinha. É dolorido aceitar isso, mas é o primeiro ponto para vc se libertar dele. Sabe porque ele fica te cerceando? Porque homem não gosta de perder uma mulher que sabe ser apaixonada por ele. Ele namora a outra, mas vai continuar te segurando com uma das mãos, para impedir que vc voe, descubra outros garotos e seja novamente amada e feliz. Agora isso só vai acontecer se vc permitir. O momento é difícil, não adianta tentar minimizar isso, vc vai chorar, vai desanimar, vai viver um luto, típico da sua idade, mas aguente firme, pense primeiro em vc, e um dia,  tudo isso  vai passar. Não fique lutando e se desgastando pelo que está evidente que não vale mais à pena. Lute agora por vc, para vencer esse momento.
Vá para frente de um grande espelho, se encare, e decida o que vc quer - um relação pela metade, ou um mundo inteiro a seus pés! Bjos

METE O PÉ NA BUNDA DELE!


Ontem recebi o email de uma senhora e já li e reli algumas vezes. Achei que valeria à pena postar alguns trechos aqui na página principal."Tenho 53 anos, separada e duas filhas adultas. Há dois anos conheci um viúvo do segundo casamento e acabamos nos envolvendo. Ele está no terceiro relacionamento, assim como eu, e quando faço perguntas que envolvem pessoas do seu passado ele me responde sim ou não. (E só!). Bom, ele mora na casa dele e eu na minha. Aos poucos fui percebendo que ela era mesquinho e avarento. A filosofia dele é: Não ajudou a ganhar, não tem direito. Para complicar tem uma mãe maquiavélica e manipuladora.  Ainda hoje, escrevendo este, choro arrependida e de tristeza ao lembrar o dia das mães deste ano. Acertamos que almoçaríamos com a mãe dele e voltaríamos a tempo de jantar com minhas filhas. Que nada, primeiro tive que ir para o fogão porque era dia das mães, e ela precisava ter descanso, segundo, esta mulher enrolou tanto, tanto...que saimos para viajar de volta era 20:00 horas e chegamos na minha casa 1:00 hora da manhã. Em cima da minha cama tinha um presente para mim. Mas não tinha o cartão de sempre " Amo você, mãe". Senti uma dor no coração que não tem explicação. Mesmo assim, não falei nada com ele sobre isso, mas sinto raiva da minha atitude.  Ele é tão egoísta que nem percebeu nada. Do primeiro casamento ele se divorciou da mulher e dos quatro filhos. Raramente menciona o nome dos filhos e netos, netos que  não conhece, e nem faz questão de conhecê-los. Durante esse tempo que estamos juntos, nunca realizei meu sonho de ter uma família, de sairmos juntos e levar minhas filhas para tomar um sorvete, comer uma pizza e até mesmo levar numa viagem conosco. O que está me prendendo a este homem é a fidelidade que ele tem comigo, o que não tive nos outros dois relacionamentos, mas será que isso basta? O amor que senti por ele no começo, está se esvaindo...”  “...Em outros momentos, ou alguns minutos depois, ele é uma pessoa maravilhosa. Atencioso, cavalheiro, carinhoso, respeitador". Bom, sempre fui independente financeiramente, formei minhas filhas sozinha, tenho um certo conforto, mas tudo isso é fruto do meu trabalho, da minha luta. Eu só queria ser valorizada como pessoa batalhadora que sempre fui e ter uma família como sempre sonhei. Nesta altura da vida, não da para perder tempo com homem errado. Obrigada - Abraço / Vitória"
Vitória quer formar uma família que nunca conseguiu ter,  com um homem que abandonou 4 filhos e sequer conhece os netos...Esse investimento está totalmente equivocado! Mas vc investe porque ele é fiel. Fiel a quê? A quem? O que é fidelidade? Não ir para cama com outra? E vc pergunta se isso basta? Vc  mesmo responde sem perceber que NÃO BASTA! Ele não é fiel a vc, ao que vcs combinaram, como vc me disse no email - serem felizes. Vc está com um homem que evidencia há décadas, e com quatro mulheres diferentes, que não valoriza a família. Coisa que vc mais valoriza na sua vida! Porque vc está com ele ainda? Porque vc tem 53 anos, porque nessa idade é difícil achar um companheiro? Não é não! Difícil é ficar passando por cima dos seus sentimentos, fingindo que tudo está bem, enquanto vc está se sentindo infeliz e desrespeitada. Sabe aquele sábio provérbio, "antes só do que mal acompanhada"? Pois então, é isso. Desculpe a expressão chula, mas me deu uma vontade incontrolável de me expressar através dela: Mete o pé na bunda dele! Vai ficar perto do que te faz feliz - sua família, suas filhas,  vc mesma, e vai em busca de um homem que te mereça, porque esse aí, na minha opinião, não vale nem o trabalho de dizer adeus.
Não existe idade para recomeçar, para investir em um relacionamento e buscar ser feliz. Aos 53 anos a bagagem já está  cheia das mais variadas vivências, e você pode e deve acrescentá-la com tantas coisas boas e sadias, para que optar em colocar tralhas? Jogue fora o que te pesa. Muitas Vitórias para vc!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

RELACIONAMENTO VIRTUAL

Ontem assisti uma entrevista interessantíssima com o médico psiquiatra Flávio Gikovate na Rede TV, onde ele dizia que uma pesquisa relatou que os homens estão completamente enjoados de sexo casual, e por isso, estão trocando-o pelos sexo virtual. Segundo ele, a pesquisa revela que para os homens, o sexo casual, onde muitas vezes o homem e a mulher(que não podem ser nomeados casal), nem sabem seus nomes, dá mais despesa e trabalho porque tem que pagar motel, e ainda levar em casa, enquanto o sexo virtual, basta desligar o computador. Curioso ele dizer que no sexo casual,  pratica-se o ato sexual, e não a  relação sexual, pois relação é se relacionar, e para tanto é necessário um mínimo de intimidade.
Eu defendo muito os relacionamentos virtuais, por questão de economia de tempo e de dinheiro. Buscar um relacionamento mais sério em bares e boates, é como procurar agulha em palheiro. Vc não sabe quem está ali por trás daquele perfume francês ou daquele bafo de cerveja. Ouvimos casos tenebrosos de pessoas que se envolveram em verdadeiras tramas com final trágico na internet. Mas e pessoalmente? Assim como nas ruas e bares, na internet é preciso se precaver quando acontece o primeiro encontro. Aliás, no mundo de hoje é preciso se precaver o tempo todo.
Quando vc entra em uma sala de bate papo, vc não sente o cheiro do perfume, o bafo da bebida e nem vê a marca da camisa. O que vc vê? Nada. Ou melhor, tudo o que importa. O assunto, os interesses, o português correto(ou não). Pode ser um monte de mentiras? Pode. Mas no bar também pode. O risco está em todo lugar. Voltando ao Flávio Gikovate, ele disse o que sempre acreditei e defendi, os opostos podem até se atrair, mas não devem conviver, e na internet "passar essa peneira" é mais rápido e mais fácil.
Lá você já busca o que te convêm. Clica nos interesses comuns e deixa ver... Comigo deu certo. Faz quase 10 anos e nunca me arrependi nem por um minuto.


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