Esses
dias estamos soterrados pela avalanche de discussões que surgiram a partir do
reconhecimento das uniões homo afetivas. Toda a mídia está voltada para a tal
da lei da Mordaça Gay que foi aprovada no Senado. É correto criminalizar a
discriminação do homossexualismo? Seria isso tolher a liberdade de expressão? Em
minha opinião qualquer tipo de discriminação é crime, e, se a forma de impedir o
homem de discriminar as opções do seu semelhante é amordaçando suas opiniões,
que assim seja. Liberdade precisa estar embasada antes de tudo, na consciência de que além
de você, existem os outros.
Tudo
isso só acontece pela imensa dificuldade que o ser humano tem em conviver com
as diferenças. Só foi necessária a elaboração do antigo artigo de lei, sei lá de que número, que diz que é crime “praticar, induzir ou
incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional”, (e provavelmente incluirá a orientação
sexual), porque sempre existiu a intolerância e o desrespeito àquilo que não é
igual.
Esses
dias li barbaridades... Artigos de pessoas que dizem querer preservar o seu
direito de se manifestar contra o homossexualismo para continuar defendendo os princípios deixados por nosso Senhor. “Nosso”
Senhor? Só se for o senhor “deles”, pois meu garanto que não é!
Gente que disse que se baseando nessa idéia de lutar
contra a minoria discriminada, terá então, que ser criado uma lei para
defender também os drogados e os alcoólatras. Como assim? Então a cor da pele,
opção sexual e a nacionalidade são vícios? Matam? Sustentam a criminalidade e o
tráfico? É nocivo ser negro, ser nordestino, ser homossexual?
Pessoas fazendo corrente de protesto contra união homo afetiva como entidade familiar... Céus! A sociedade é muito
hipócrita!
Eu, particularmente não tenho por hábito discutir esses
assuntos, por achar absolutamente natural o respeito à singularidade. Se os
seres humanos fossem respeitados no direito de fazer suas escolhas, não presenciaríamos
um país assoberbado de problemas, se consumindo na elaboração de leis que
garantam ao cidadão o que deveria ser natural – o direito de escolher o seu
caminho.
Agora discutir o direito ao casamento civil entre
pessoas do mesmo sexo, o direito de adotar filhos e registrá-los, em uma
humanidade onde falta um sentimento básico que é o amor? E ainda por cima precisar
assistir à indignidade dos que gritam que tudo isso vai contra as leis de Deus?!
Que leis?
O Deus que eu conheço só tem uma lei – a do amor, da
compaixão, do respeito ao semelhante. O resto deve ser coisa do capeta, e é em
nome dele que tem muita gente falando por ai.