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quarta-feira, 26 de junho de 2013

"O amor que eu sempre quis, me diz pra gente ser feliz..."

Jussara me permitiu falar aqui sobre sua história que tem muito a dizer. Logo após seu difícil divórcio (redundante!), começou um namoro com Jonas que durou 7 anos. Davam-se assustadoramente bem (como ela definiu). Ele sempre deixou claro que jamais se casaria. A mãe, doente, era responsabilidade dela, a cada último domingo do mês (tarefa dividida entre os quatro irmãos). Todos os fins de semana eram passados na fazenda de Jonas, há 30 km da cidade, programa que Jussara fazia com imenso prazer. Só se separavam  quando era o plantão dela com a mãe. Um dia, sem que ela percebesse nenhum sinal que indicasse a intenção, ele terminou a relação. Ela quase morreu - de susto e de sofrimento. Implorou por explicações. Onde estavam as juras de amor? Mas ele simplesmente não queria mais. Dentro de 6 meses, ele iniciou o namoro com uma garota, e em 10 meses estavam vivendo juntos. Novamente, ela quase morreu. Dessa vez de indignação (indignação, de fato, é letal). Buscava em vão, compreender. Ela o procurava e ele, creio que pelo respeito e consideração por outro ser humano, em detrimento do amor que não existia mais, a recebia,  tentava uma nova explicação preocupado com o sofrimento dela (como ela narrou) mas só repetia o de sempre - "não tenho a explicação, você é excelente pessoa, mas não quero mais, sinto muito". O tempo passou e ela ainda não se conformou. Quer entender porque o amor acabou repentinamente. Ela me pediu, e conversamos pelo msn. "Você não se negava a ver um mínimo sinal que fosse? Acha que era mesmo tão perfeito assim?" Perguntei. E ela disse que estranhava somente o fato de, nesses 7 anos, ele nunca ter aberto mão de um final de semana na fazenda para ficar ao lado dela em seus plantões com a mãe. SOMENTE? O cara que te ama não se propôs a abrir mão de 1 domingo entre os 330 que houveram, para ficar ao seu lado nas mínimas vezes em que você não podia estar ao lado dele... "Isso te incomodava tanto que você está narrando, mas ainda insiste em minimizar o fato com um "somente".  E ela emendou "Acho que ele não me amava... eu apenas era uma boa companhia, gostávamos das mesmas coisas..." E isso não poderia ser amor? Afinal, o que é amar? Eu não sei. Alguém sabe? Não creio. Não há modelo que possa definir - "isso aqui é amor". A medida que vou vivendo vou compreendendo que não importa em nada essa definição. Isso é romantismo, apenas. A realidade impera de outra forma. Palavras o vento leva. Vamos aos fatos. Importa saber se o amor que o outro te oferece, te faz feliz. Pronto. Simples assim. Agora, se é mesmo amor, se é imenso, se é estranho, nada disso importa... Para que catalogar? 
Ela me perguntou "você acha que estava aí o indício de que ele não me amava?" Não. Acho que estava aí o indício de que esse amor não te faria feliz. Só isso.
A mim, por exemplo, não interessa um amor que não seja solidário - em 330 domingos nem um ao meu lado? Eu não seria feliz assim. Mas muitas outras podem ser. Não dá para rotular. Eu supero uma traição, mas não supero uma covardia ou egoísmo. Outras superam covardias e não superam a traição. Que importa quem supera o que? Nada disso define se é ou não amor. O erro está na pergunta que as pessoas se fazem... Ao invés de buscar saber se sou amada, é fundamental buscar saber se sou feliz com esse amor. As milhares de pessoas que matam o companheiro em nome do amor, a meu ver, de fato, os amavam. E ainda assim, os mataram. Mataram por amor. Clichê, mas real.
Enfim, se o tipo de amor que alguém te oferece é um amor companheiro, que te faz um ser humano melhor, que te ensina, que te acrescenta algo, que te deslumbra, que te faz admirar e ser admirada, mas, por alguma razão deixa faltar algo e, por isso, não te faz feliz, não insista... A pergunta é: Importa a mim ser amada, ou ser feliz? Porque as duas coisas muitas vezes NÃO andam juntas.
"Quando você aprende a ser feliz, não consegue mais tolerar aquelas pessoas que fazem você se sentir diminuído".
E como canta o grande Emílio Santiago:
"E o que é o amor, pergunta sem resposta
Quem sabe o coração quem sabe
Mesmo sem falar, eu ouço o que você não diz
O amor que eu sempre quis,
Me diz pra gente ser feliz"

Um comentário:

eder ribeiro disse...

Nascemos para amar e ser amado, pouco importa o tipo de amor, conjugando assim, não tem como não ser feliz. Bjos.

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