O blogger é atualizado de acordo com as batidas do meu coração. É um prazer tê-los comigo.

domingo, 26 de agosto de 2012

A morte


A morte nos faz compreender o inevitável e nos confronta com nossos limites. Morrer não é o problema, a morte é a apenas a finalização de uma existência terrena, o grande dilema é que a morte inevitavelmente nos obriga a repensar a vida... Que vida levamos? Ou é a vida que nos leva? Quando a morte vem e arranca alguém de nós, automaticamente ressignificamos a vida, buscamos no nosso interior os valores reais da existência. O mundo de hoje é efetivo e não afetivo. O valor encontra-se na técnica e não no amor.
Hoje é um daqueles dias em que me sinto reduzido a nada. Fico encarando minha insignificância em um mundo lotado de significados que tantas vezes me passam despercebidos. O cenário à minha volta parece sintonizado comigo - dia cinzento, sol irritantemente cheio de dúvidas que entra e sai detrás das nuvens brincando com a minha melancolia, não sei se esconde de mim ou por mim. E esse dia carregado da mesma rotina chata, me obriga  a continuar. A lentidão hoje parece ter tomado conta do universo e aqui ao meu lado tudo passa incrivelmente devagar. É sufocante. Para piorar tem sempre aquela música que toca em algum lugar distante, mas ondas traiçoeiras teimam em trazê-la até você e ironicamente elas sempre aumentam a sua dor. A dor que você não conseguiu esconder de si mesma. Você, então, deseja ser consumido. E em total desrespeito à sua vontade, nada te consome... Nem ninguém. E você urge por outra alma que te exploda ou exploda com você. E diante de tanta efemeridade tento entender - porque isso insiste em piorar? Talvez nada esteja pior... É apenas a minha reação perante a morte de alguém... É a morte de alguém me forçando a olhar minha vida de frente.
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