O blogger é atualizado de acordo com as batidas do meu coração. É um prazer tê-los comigo.

sábado, 13 de outubro de 2012

Definitivamente, minha religião é o amor


Fui convidada para ser madrinha do filho de uma amiga, e precisei frequentar um curso de batismo.  E eu,  que sempre lutei contra tudo aquilo que não tivesse algum significado para mim, escuto do ministrante do curso que o batismo na água é essencial para nossa salvação pois é através desse ato que estamos dizendo a Deus:  “serei seu servo e obedecerei seus mandamentos”.  Mas então quem não foi batizado está condenado para sempre? Jamais será salvo? E, cá para nós, salvo de que? E outra coisa, se o batismo nos salva para que  nos esforçarmos  para evoluir no decorrer de nossa existência? Basta batizar e está tudo certo.
Quem respeita e auxilia o próximo, mas não é batizado, está condenado? E em contrapartida quem é batizado e chuta cachorro e maltrata o semelhante,  está salvo? Obediência cega, não tem valor algum... “Então estude a Bíblia”! Me disse uma amiga. Após 10 anos estudando em colégio de freiras, convenhamos que foi o que mais fiz. Cresci escutando dizer que a Bíblia é a palavra de Deus. Mas quem disse isso? Foi escrita por homens como eu e você. Alguns dizem que eram homens santos.  Não creio...
Quando eu ia a igreja e era chegada a hora do dízimo, tinha que controlar meu desejo de olhar o quanto cada fiel depositava na “sacola do dízimo”, agora ficou bem mais simples, basta ver a porcentagem que cada religião determina que seja cumprida, e buscar conhecer o contra-cheque do fiel.  E ainda ouvi que dízimo é questão de fé... Só se fé aqui tornou-se sinônimo de culpa, como acontece desde a época da inquisição.
A igreja é contra o divórcio, e daí? Quem tem que ser a favor é o casal que está infeliz.
Agora se o fiel crê que seguir essa norma é mais forte do que seguir seu coração que está infeliz na relação, é diferente, ele deve optar por ficar casado, enfim, ele fez sua opção. O Deus no qual eu acredito nos quer em paz, feliz e acima de tudo, espera que sejamos responsáveis pelos nossos atos. Não é preciso que nenhum representante da palavra de Deus na terra interceda e determine nossos atos.
Considero uma temeridade que simples mortais  acreditem que a palavra que professam em nome de Deus, seja a única lei indiscutível a ser seguida.
Regras existem para que sejam seguidas, mas para isso é preciso que se acredite nelas de corpo, alma e coração. Caso contrário, você será apenas um robô obedecendo a comandos externos. Em nome de Deus,  igrejas, por exemplo, expulsam pessoas que cometeram o adultério.  Me poupe! Acha que Deus ia perder tempo com isso? Violar a lei de Deus é maltratar o semelhantes, o resto é questão de consciência, preferência, acertos pessoais.
Como uma igreja que prega solidariedade e fala em nome de Deus, expulsa um servo? Ela deveria acolher seus irmãos em Deus,  lhe dar a mão, dar palavras de apoio e jamais os  condenar. E,  então, no momento em que o “irmão” erra, são justamente  eles quem vão lhe privar da amizade, da compreensão, e do amor que Deus tanto pregou, expulsando-o?  A época da inquisição já terminou!
Sou muito devotada a Deus. Tenho uma fé que move montanhas, mas não deixo que homem nenhum, tão mortal quanto eu, determine minha vida, seja ele pároco, pastor, papa, ou pai de santo. Meu Deus é diferente...  perdoa, acolhe, claro que Ele cobra, como todo Pai, mas dá a mão quando preciso e me diz todos dia quando o sol nasce e mais um dia amanhece “sinta-se livre”. E eu acredito Nele.

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