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domingo, 14 de julho de 2013

Maquiavel, o amor e algumas considerações

Recebi antes de ontem o e-mail de uma mulher (essa, nunca tinha sequer, ouvido o nome). Não entendi ao certo o objetivo... muito bem escrito, com um ar poético... Não sei se era um desabafo, uma tentativa de parceria perante uma situação comum (já passada), ou os dois. De qualquer forma, foi em vão. Não coloco lenha em fogueira que já apaguei.
"Sei que você foi vítima..." Erro! Vítima é aquele que sofre por culpa do outro, e isso não aconteceu. "...você foi usada..." Fui? Então, usei também e bem usado. 
O e-mail mereceu uma análise, e serviu de tema  para um assunto que tanto gosto, que são os relacionamentos.
Aquilo que a maioria das pessoas custa a enxergar por medo, comodidade ou conveniência, eu enxergo muito rápido, e, como sou frontal pergunto logo, portanto, dificilmente entro em alguma história como vítima. Eu não compactuo com essa "novela dos vitimados", pelo simples fato de não acreditar nela. Raciocinando friamente fica fácil. 
Como diria Maquiavel "os fins justificam os meios". Só que as pessoas resistem em aceitar que tornam-se maquiavélicas na conquista de um amor. E se contorcem em seu "amor próprio" quando descobrem que o outro mentiu, inventou, ludibriou. Eu raciocino de outra forma. Penso que isso só aconteceu porque eu ainda era importante, porque a pessoa em questão não queria me perder, porque ela estava "ganhando tempo" para resolver outras questões. Não estou valorando o desvalor, só estou sendo lúcida: quem nunca fez uso de algum artifício, digamos, questionável para proteger uma história de amor na qual estava apostando? Abaixo a hipocrisia, né?
Desmarcar à meia a noite, às vésperas do encontro porque alguém da família tinha sido hospitalizado em estado grave, protelar por meses outro encontro porque estava de repouso com uma pedra, no rim, no fígado, no baço, na cabeça ou seja lá onde fosse,  não atender a ligações porque estava em reunião com um superior, justificar que não termina a relação com uma quase ex por isso ou aquilo, enfim, tudo pode ser mentira (e era) mas ainda assim, a mentira se justificava por ser em defesa daquele sentimento de amor. Mentir por amor é algo maquiavélico? Eu sou fã de Maquiavel, talvez eu veja além dos outros. Ele dizia também "Todos vêem o que pareces, poucos percebem o que és."
Mas, segundo meu entendimento, tudo torna-se injustificável, quando, no lugar de preservar aquele amor, as mentiras são ditas por covardia de assumir para o outro que  tudo mudou, que o sentimento passou, e ela não encarna mais o seu conceito de amor (afinal outra já está encarnando). Ninguém tem o direito de privar o outro dessa informação e optar por seguir "enrolando", tirando-lhe a chance de buscar outro amor, outra história, outros beijos, outras noites de amor. Como também, ninguém tem o direito de se esconder atrás do outro, imputando-lhe uma responsabilidade inexistente, como forma de (tentar) justificar sua decisão de ir embora. Essa, eu afirmo sem medo de ser injusta, que é uma atitude desumana, covarde, imoral. E tanto é assim que aquilo que seria um simples fim (como milhões de fins) torna-se fuga. Nesse momento, de Maquiavel passamos para Hittler:
"Toda propaganda tem que ser popular e acomodar-se à compreensão do menos inteligente dentre aqueles que pretende atingir." Só que tudo fica reles quando a maioria do elenco escolhido, me parece que passou longe de ser composto pelos(nesse caso pelas) "menos inteligentes".
Enfim, de tudo ficam aprendizados, até mesmo do referido e-mail que me possibilitou fazer essas considerações.
 

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