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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Aprende que dói menos


Outro dia um amigo me enviou um link (http://revistaalfa.abril.com.br/estilo-de-vida/relacionamento/quero-um-homem-que-nao-existe/) sobre relacionamento e universo masculino, escrito "do modo" Tati Bernardi - engraçado e agressivo. Ontem ao assistir o diálogo onde Carol finalizou seu relacionamento com André na novela Insensato Coração, fiz um paralelo com a reportagem. 
André nunca almejou formar uma família, mas descobrindo-se apaixonado por Carol e já com um filho em comum, decidiu morar com ela. Na primeira discussão do casal, ele a trai e assume (ponto para ele) isso perante ela, dando-lhe assim, o fundamental direito de escolha.
Na reportagem, Tati Bernardi, assume uma postura inegociável, tal e qual uma multidão de outras mulheres - os homens são todos iguais é de sua natureza ter mais de uma parceira e por isso, traição é fato. Dessa forma, investir em um relacionamento a dois que esteja baseado na fidelidade é dar varada n água.  
Eu fui criada em uma família de homens que traem - meu pai, meus tios, meus primos. Sempre abominei esse tipo de atitude e lutei muito para não seguir a linha da Tati, jurando nunca cair na cilada de apostar em relacionamentos sérios. Vem a vida e me presenteia com dois filhos homens. Uau! Que desafio. Os eduquei para que fossem apenas cidadãos e jamais machões. Quantas vezes, na adolescência, ia aquela turma de garotos para minha casa e invariavelmente, começava um assunto sobre garotas, e eu nunca admiti que eles reportassem de modo vulgar e desrespeitoso a elas. Eu chegava e dizia "Minha casa não recebe machões e nem machistas". Meus filhos me fuzilavam com os olhos. Um dia a mãe de um deles me questionou, pois o filho havia chegado em casa e contado o que eu tinha dito. Nada disso me deixou dúvidas quanto à minha postura em criar meus filhos. Nunca admiti a desvalorização da figura feminina dentro da minha casa e nem a supervalorização do homem. É tudo igual? No mundo lá fora, não. Mas dentro de mim, sim, e foi isso que tentei passar aos meus filhos. 
Fujo o quanto posso de radicalismos, já disse mais de uma vez que minha maior luta é encontrar o caminho do meio, e não é diferente quando o assunto é relacionamento. Por isso não concordo com as posições adotadas pela Tati na referida reportagem (apesar de adorar sua forma de escrever). Seres humanos não são todos iguais, portanto os homens não são todos iguais e nem as mulheres o são. Dizem que é da natureza do macho ter mais de uma parceira, ok, mas não estamos falando do mundo animal, e os homens são dotados de racionalidade justamente para escolher como querem viver. Existem os Andrés, que se assumem como "pegadores" e incapazes de serem felizes com a rotina e fidelidade que pede uma relação. Nem estou fazendo referência ao amor, pois pode-se amar e não conseguir levar uma vida de casado. Foi assim com André e Carol. A grande diferença aí, está no reconhecimento que ela (Carol) teve de si mesmo, do outro e da situação em si. Ou seja, havia amor, havia um filho, havia tesão, havia compatibilidade de gênios, mas não havia compatibilidade de sonhos. 
 De resto, Carol deu uma "lição" na reportagem de Tati Bernardi, ao reconhecer que André não é a representação masculina de um universo irremediavelmente cafajeste e mulherengo, e que foi ela quem falhou, ao apostar suas fichas em um amor que estava contido em uma “embalagem” masculina que não seria capaz de fazê-la feliz.
Amor nunca foi tudo em um relacionamento. É preciso descobrir primeiro, se você está investindo em algo que tenha consistência. Se a “embalagem” que te promete o amor, olha para a mesma direção que você, chegou sua hora de apostar.

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