O blogger é atualizado de acordo com as batidas do meu coração. É um prazer tê-los comigo.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

"A hora do sim é um descuido do não"

"Tem mulher que dispensa o cara da musica do Roberto Carlos, pra ficar com o cara das musica do Mr. Catra..."
Achei graça quando me deparei com essa frase no facebook, e, jogando para o alto qualquer filosofia, é isso mesmo que acontece muitas vezes. O cara da música do Roberto Carlos, pensa em você toda hora e ainda te acorda no meio da noite pra dizer que te ama, enquanto o Mr Catra fere toda e qualquer mulher na "cama, mesa e banho". 
Analogias à parte, a verdade é aquela de sempre - não há razão no amor. Quantas vezes temos à nossa porta (para que não dizer aos nossos pés), aquele homem disponível, apaixonado, cavalheiro e você simplesmente diz não, enquanto as amigas ponderam, incansáveis aos seus ouvidos: "Dá uma chance pra ele... Tão boa pessoa, cheio de boas intenções, olha só que gracinha, envia flores, liga para dar bom dia, envia sms de boa noite, manda entregar água de côco na sua casa porque alguém contou que você estava com dengue." E aí passam-se dois meses, três meses, e elas já começam mesmo é a berrar: "Você é burra! Dispensa quem faz tudo por você! Depois não reclama, quando perder vai dar valor!" Quem nunca passou por uma situação dessas?  As amigas, o mundo, todas as constelações, fadas, gnomos e duendes sabem que seria tão mais fácil dar uma chance ao rapaz à la Roberto Carlos, mas quem avisa isso ao coração? Como disse Vinícius de Moraes "A hora do sim é um descuido do não."
E aí você esconde das amigas e do resto do universo que não, definitivamente você não vai dar essa chance, porque... porque... porque... Não há "porque" disponível no mercado para esse tipo de situação. Nada é racional quando o assunto é amor.  Ao coração não importa se há quilômetros de distância, de dificuldades e de impedimentos. Ele segue batendo indiferente  às inerentes complicações de um "amor complicado". Parece que posso vê-lo, calmamente, sentado dentro do peito em uma confortável almofada, "lixando às unhas" enquanto o "circo pega fogo" aqui do lado de fora... Posso ouvir seu pensamento "sinto muito minha querida, amo à priori, ou seja, independente da larga experiência do mundo, amo porque amo, o resto é problema seu." É assim, megalomaníaco e egocêntrico esse coração. Acha que pode tudo, ainda mais quando sente o outro coração do lado de lá na mesma sintonia, e aí... Fazer o que? Há escolha, claro que há. Difícil, mas possível. Diga não, siga a razão e, de quebra ainda terá o cara da música do RC, é só ligar para ele e pedir que venha e...   passar o resto da vida com o coração batendo bem devagar enfadonho dentro do peito. 
Eu preciso de sobressaltos.
Como lindamente escreveu Clarice Lispector: "Mas há a vida que há para ser vivida, há o amor. Há o amor. Que é para ser vivido até a última gota. Sem medo. Não mata."




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