Ontem assisti na TV uma psicóloga forense, falando sobre o amor que adoece. Em um linguagem clara, ela explicou que assim como alcool, jogos e drogas, amar demais é um vício, e como todo vício, destrói. Já sabíamos disso, certo? Mas completando, ela disse que as pessoas que sofrem desse mal, não desenvolveram auto estima, auto conceito, amor próprio na infância, e dessa forma, escolhem um objeto para ser alvo do seu amor, e o amam de maneira doentia porque o sentimento que ela destina ao outro, vai além daquele amor que normalmente se destina ao parceiro, ele dá também o amor que deveria ser dele mesmo, e assim, o outro passa a ser seu amado, mas também seu rival. Claro que tudo isso passa pelo inconsciente. Obviamente, uma hora o objeto amado se cansa desse amor doente, e quer partir. Aí acontece a maioria dos crimes passionais, mata-se o rival - aquele que além de roubar o amor que eu deveria ter por mim mesmo, ainda quer ir embora e me deixar sem referência nenhuma, ingrato.
Fiquei pensando no tamanho da responsabilidade que nós, pais, temos sobre a saúde mental de nossos filhos (entre tantas outra coisa, claro). Na maioria das vezes os pais não têm tempo, a criança sente-se rejeitada, e acaba por acreditar que pedir amor, leva ao sofrimento. Quanto mais espontânea é a criança, mais desaprovado é, e novamente vai acreditar que seu amor não vale muito. Ele perde a confiança em si mesmo, e em busca de aprovação e amor, esconde suas emoções, aprende a fingir, a manipular, e acaba por acreditar que amar é obedecer para agradar os outros. Criar uma criança, é respeitar sua individualidade, suas escolhas(sim, porque criança tem suas escolhas), é falar a verdade, é amar apesar de qualquer coisa. Só assim, a criança se torna um adulto seguro, capaz de saber o que deseja para si, o que o faz feliz, o quanto de amor merece, o quanto de felicidade almeja. Uma criança que aprende que "se você fizer isso, mamãe não vai gostar de você", corre sério risco de ser um pobre coitado submetido a qualquer tipo de relacionamento a dois, aceitando migalhas como forma de amor, ou sofrer daquele amor doente, que pode acabar com vidas, seja atrás das grades, seja com a morte.
Para se ter um filho é preciso consciência de que aquele bebê lindinho, vai fazer diferença no mundo - como um cidadão, ou como um assassino. Em ambos os casos, guardando a pequena parcela que pertence ao destino, a responsabilidade será dos pais.
Fiquei pensando no tamanho da responsabilidade que nós, pais, temos sobre a saúde mental de nossos filhos (entre tantas outra coisa, claro). Na maioria das vezes os pais não têm tempo, a criança sente-se rejeitada, e acaba por acreditar que pedir amor, leva ao sofrimento. Quanto mais espontânea é a criança, mais desaprovado é, e novamente vai acreditar que seu amor não vale muito. Ele perde a confiança em si mesmo, e em busca de aprovação e amor, esconde suas emoções, aprende a fingir, a manipular, e acaba por acreditar que amar é obedecer para agradar os outros. Criar uma criança, é respeitar sua individualidade, suas escolhas(sim, porque criança tem suas escolhas), é falar a verdade, é amar apesar de qualquer coisa. Só assim, a criança se torna um adulto seguro, capaz de saber o que deseja para si, o que o faz feliz, o quanto de amor merece, o quanto de felicidade almeja. Uma criança que aprende que "se você fizer isso, mamãe não vai gostar de você", corre sério risco de ser um pobre coitado submetido a qualquer tipo de relacionamento a dois, aceitando migalhas como forma de amor, ou sofrer daquele amor doente, que pode acabar com vidas, seja atrás das grades, seja com a morte.
Para se ter um filho é preciso consciência de que aquele bebê lindinho, vai fazer diferença no mundo - como um cidadão, ou como um assassino. Em ambos os casos, guardando a pequena parcela que pertence ao destino, a responsabilidade será dos pais.
4 comentários:
Excelente!
Tive receio de culpar meu pai pelo que me tornei,mas lendo essa reportagem me encorajo a dizer que não teve parcela do destino. Acredito que os pais querem o melhor para os filhos, mas nem se dão o trabalho de buscar saber o que é esse melhor e metem os pés pelas mãos. Eu fui uma vítima desse descaso. Hoje me trato no MADA. Não tenho filhos e escolhi não tê-los. Não seria capaz de educar um cidadão, ainda estou em busca de me livrar do que foi feito da criança que eu fui. Muito bom seu alerta!
Meu filho tentou o suicídio por causa do fim de um relacionamento, era apenas um namoro...mas ele a amava mais do q a si proprio. Vc tem razão, amor pode matar, os pais podem tentar evitar dando uma educação mais conscientes. Eu não dei. Pensei q suporte financeiro fosse mais importante q o emocional. Queria dar o q não tive e não soube balancear. Fica aqui um testemunho.
Pode matar sim, a si próprio, aos outros, motivo de ódio e vingança.Tmb tenho um filho q depois de uma perda, me disse, não quero mais viver, a vida perdeu a graça, ela era td pra mim.Foi mto difícil superar, consegui ajudar. Eu mesmo já tive vontade de sumir no mundo por amor, não foi fácil.A educação emocional de crianças é um processo q não acaba nunca.
Nem sempre sabemos lidar com isso...
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