O blogger é atualizado de acordo com as batidas do meu coração. É um prazer tê-los comigo.

domingo, 5 de junho de 2011

Vale o risco?


Pode alguém que desconhecia a singularidade de sentimentos como amizade, solidariedade, respeito, amor, dignidade, se modificar totalmente? Sempre digo que a grandeza do ser humano está em mudar, mas tanto assim? Pode o sofrimento, o amor sincero, o desprendimento, a generosidade do outro conseguir esse feito?
Quem traiu e abandonou três ex-esposas, não dá assistência aos filhos frutos dos casamentos anteriores, poderá vir a ser um bom companheiro e um pai dedicado? Acho pouco provável.
Algumas pessoas ganham da vida uma chance maravilhosa – encontram parceiros que lhe oferecem amor, amizade, dedicação e lhe convidam para formar a família que ele nunca teve, e ainda assim ele trai, fere, abandona. Uma vez, duas vezes, três vezes. Então vem a vida generosamente e lhe oferece outra chance - há possibilidade que ele aja diferente dessa vez tornando-se de fato um companheiro e um pai?  Possibilidade sempre há. Mas o risco é imenso!  

Criança que sofreu abuso, violência, abandono por parte de quem deveria receber afeto, educação e segurança podem, quando adulto, valorizar ou não uma família, assim como qualquer outra pessoa. Sofrimento infantil não é prerrogativa para tornar-se um adulto responsável.
O mais esperado é que homens frutos desse meio tão sofrido, dêem um grande valor a companheira dedicada, a família estruturada, às refeições à mesa na hora certa. Mas nem sempre é assim. Muitos tornam-se cópias do que viram e viveram. E perguntas se formam - será que ele já nasceu  assim ou é fruto do meio em que se criou? Não há como saber, não há regras e nem garantias.
Observar o histórico é uma maneira de calcular o risco de investir nessa relação. O que não dá futuro é minimizar as responsabilidades dele, justificando atitudes como traição e abandono dos filhos com uma infância difícil. A partir do momento em que nos tornamos adultos e conscientes de nossos fantasmas estamos automaticamente responsáveis pelos nossos atos.
Cada um faz a sua escolha, mas sempre digo que há caminhos mais prováveis para se encontrar a felicidade a dois. Ninguém está livre de errar, mas é preciso também assumir. Constatar no futuro que foi tudo um grande erro e comportar-se como vítima de uma relação que deu todas as dicas que acabaria daquela maneira, é uma covardia quase tão grande quanto a do seu parceiro que pela quarta vez traiu e abandonou.
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