O blogger é atualizado de acordo com as batidas do meu coração. É um prazer tê-los comigo.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

SOBRE HOMENS E AMOR

Ontem fui ao encontro que mais adoro! Três amigas verdadeiras, muitas gargalhadas, recordações de momentos passados,  lamentos e glórias do momento presente. Todas já vivenciamos o divórcio, e apenas uma, não conhece a experiência de casar-se novamente.  A discussão girou em torno de relacionamentos (tenho um ímã para esse assunto). Uma delas, casada pela segunda vez há 12 anos, disse desconfiar que está chegando a hora do finalizar mais uma relação. A outra que vive o segundo casamento há 4 anos, quase caiu da cadeira "Você enlouqueceu? Tá pensando que a vida lá fora é fácil para quem está sozinha? Homem que vale à pena, não se encontra assim..." Falou gesticulando as mãos de modo aflito. "A gente tem que suportar certas coisas para conseguir ficar casada, ou você quer envelhecer sozinha? E, não escute a Marcela, porque sabe que ela é do contra!"
Fiquei alheia, não ao assunto, mas à discussão. Ela olhou para mim, e como acontece entre os verdadeiros amigos, entendi que pedia a minha opinião. A outra já pulou: "Ela vai falar para você se separar. Essa aí acha que não se pode relevar nada.  Sabe que não concordo com  você"! Disse voltando-se para mim.
Sorri.
Ouvi de uma amigo querido, que as crises podem ser o fim ou ou começo de alguma coisa. Mas também ouvi, sobre um momento meu, que deveria fazer o que estivesse ao meu alcance para manter a relação, nem que fosse, fazer o impossíve(claro,  isso foi dito dentro de um contexto), mas nem assim, consigo concordar. Faço o impossível apenas para ser feliz. E, nunca acreditei que ser feliz estivesse intrinsecamente ligado a estar casado. Mesmo assim, amo amar e ser amada, e adoro relacionamento a dois, desde que esse seja muiiito bom. Talvez meu grau de exigência seja alto. Assumo. Mas diferente da minha amiga, nunca vou concordar que "ruim com ele, pior sem ele", "trocar de parceiro é  trocar de defeito", "antes mal acompanhada do que só". Prefiro "antes só do que mal acompanhada". Enfim, não vejo problema em envelhecer sozinha, vejo problema em envelhecer ao lado de alguém que não vale mais à pena, só para evitar a solidão. Solitude não é solidão. Solidão é sentir-se só, mesmo estando acompanhado, solitude é estar só, mas não senti-se só.
Cada um tem uma prioridade na vida. Eu tenho as minhas, e entre elas, está sim, envelhecer ao lado de um amor. Que seja parecido comigo, que fale a mesma língua, que goste das mesmas coisas, que nossas discordâncias sejam apenas degraus para o crescimento mútuo. Já disse que os opostos podem até se atrair, mas jamais deveriam investir em uma relação. Ouve-se muito que para um casamento dar certo é preciso dedicação , concessões, paciência. Enfim, relacionamento depende de uma batalha diária. Mas na minha opinião, isso só é válido se já houver o amor. Porque  amor não pode depender de luta - ou ele existe, ou não existe. Se deixar de existir, é fim. Não tem o que lutar, o que tentar, o que esperar. Foi isso que disse à minha amiga - "Pense se ainda há amor. Se houver, vale pesar e medir, senão, vale partir". Sem medo. Pode até ser difícil encontrar um homem que valha à pena. Mas, eu jamais sairia em busca dessa "rara  mercadoria" (aos olhos de muitas mulheres, inclusive de minha amiga). Acho que o objetivo dever ser o amor. E quando esse tem que acontecer invade-nos, acolhe, e chega pelos caminhos menos esperados. Não precisa sair à caça.

Um comentário:

Anônimo disse...

Matéria difícil essa, cabem várias opiniões e vivências, vale pra homens e mulheres, não existe uma fórmula.Felicidade não tem manual de instrução, é renovar sentimentos todo dia. Nem sempre é possível, mas botar as coisas na balança ajuda, se houver amor pra isso. Fazer o impossível só vai dar em desgaste na busca do possível.

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