Céus!
Como é difícil realizar mudanças! Sejam elas externas ou internas. Se não
estivermos atentos corremos o risco de sermos eternos parasitas do nosso passado.
É
de uma comodidade quase indiscutível permanecer de mala e cuia naquilo que nos é conhecido. É a tal da zona de
conforto. Perniciosa na maioria das vezes.
Resistimos
tanto à mudança que nos esquecemos que para sempre existirão outros caminhos. Não
vai aqui nenhum juízo de valor sobre a magnificência ou não desses caminhos. É
apenas um alerta de que nenhuma situação guarda em si uma sentença definitiva.
Engessamos
possibilidades, quando não repensamos onde estamos e porque estamos. Abrimos novas
frentes quando conscientes certificamos que por mais que as adversidades nos
façam prisioneiros, é mera ilusão, pois somos de fato, livres.
Tantas
vezes faz-se necessário desarrumar para em seguida arrumar de outro jeito. Mas
falta-nos coragem e de repente vem a vida carregada de sabedoria e desarruma tudo
sem pedir licença. E aí, maldizemos o destino e nos portamos como vítimas para
logo em seguida agradecermos a chance (imposta) que nos permitiu fazer
diferente.
O
hábito tem um poder imenso sobre nossas vidas. Em minha opinião, mais nocivo
que benéfico. Deriva de um aprendizado, mas com o tempo vai se tornando um
comportamento inato, tornando-se quase instintual. Impede a reflexão, tornando as
ações vazias de significados pessoais.
Queria
certezas que sei que não existem.
Queria
um mapa que me indicasse caminhos.
Queria
dose extra de coragem.
Queria
escolhas precisas.
Queria
mais tempo...
E
tenho receio do tempo que passa sem dar a mínima confiança para as minhas, para as suas, para as nossas indecisões.