Perco coisas e pessoas com uma frequĂȘncia que judia e me sufoca. Enterrei em cemitĂ©rio uma ou duas pessoas que me eram caras.Velei poucos mortos. Mas enterrei muitos vivos. Pessoas queridas que me deixam para trĂĄs. Choro por longo tempo essas perdas, em um velĂłrio sem corpo e sem velas. Meu lamento Ă© solitĂĄrio. Minhas perguntas, sem respostas. Forçam-me a jogar projetos na lata de lixo. Escondo de mim mesma porta retratos para nunca mais encontrĂĄ-los. Idealizei tantos cenĂĄrios para depois desmontĂĄ-los. Outra vez tenho uma vida abortada. Mais uma vez me metamorfoseio para me adequar ao que nĂŁo tive escolha. Fecharam a cortina antes que eu tivesse terminado minha fala. Existe um mundo que depende de mim e precisa seguir. E eu o seguro (e ele me segura) e vamos adiante. Me equilibro com extremo esforço para nĂŁo cair, enquanto todo o resto parece alheio ao peso que me impĂ”e. Novamente ninguĂ©m para me escorar. E um mundĂŁo para enfrentar. Ă a vida que segue.
O blogger Ă© atualizado de acordo com as batidas do meu coração. Ă um prazer tĂȘ-los comigo.
domingo, 8 de abril de 2012
Sem escolha
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