Oi pessoal, é impressionante a enxurrada de e-mails que recebo sobre o tema traição. Sinceramente, nunca me ative ao fato de que tantas pessoas sofressem com o mesmo problema, tivessem a mesma queixa, a mesma ferida e a mesma incerteza frente ao dilema: perdoar ou tentar? Aqui no blog, o universo feminino que desabafa sobre traição, sobrepõe, e muito, ao masculino, mas ainda acho que é por uma simples tentativa de preservar a masculinidade (como se ser traído os diminuíssem como homem) do que por uma menor incidência entre eles. A verdade é que o tempo passa, os séculos mudam, a progresso não pára, mas ninguém explica porque tantas pessoas que dizem se amar (e muitas vezes isso é verdade), traem, mentem, enganam (ao parceiro e a si mesmo) dilacerando sonhos, e projetos de vida. Será impossível viver sem desejar outras pessoas? Será que a fidelidade é diferente de ser fiel? E dá para perdoar uma traição e continuar apostando na relação? Será apenas um ato de escolha? Pode a vontade de manter a relação, comandar a cabeça que fica imaginando o seu parceiro gemendo de prazer nos braços de outro(a)? E o coração que não se aquieta perante esse fato e principalmente frente a possibilidade de ter que enfrentá-lo alguma outra vez? Quem mente, mente sempre? São perguntas sem respostas. E frente a isso me lembrei de um belo poema de Martha Medeiros:
"Eu perguntava quantas foram
E você falava sobre o tempo
Eu indagava quantas vezes
E você acendia outro cigarro
Eu suplicava quantas mais
E você não respondia
Pedia pra mudar de assunto
Pra que pudesse mentir sobre outra coisa".
2 comentários:
Lindo poema! Martha Medeiros sabe das coisas...Lindo seu texto, real, sincero, você também sabe das coisas, menina! Sucesso!
Tudo lino...menos o fato de saber que a traição é uma praga sem remédio...
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