Aos
poucos fui criando coragem para retornar a este espaço tão querido, feito com
tanto amor e dedicação. Saudades dos amigos. A sensibilidade de cada um de
vocês, indiferente à distância, tocou minha mão me fazendo acreditar que, eu era
importante e querida, em um momento que me senti pó. Deus abençoe vocês.
O
susto me tirou de cena e ainda sob esse efeito, retorno. Ultimamente não sei
quase nada. Estou tateando o que está a minha volta desde que descobri que muita
coisa que eu pensava saber, não sabia. Tudo vai sendo recolocado em lentos
movimentos, tão lentos quanto estou eu e minhas análises de vida. O antes parece que ficou tão distante de
mim que, minha única escolha foi assistir e aceitar o agora que vem chegando. Sempre defendi com força de gigante tudo
aquilo que acreditei. Já travei batalhas difíceis com o mundo por achar que o
único caminho possível é o do coração.
Mas a chance que o coração concede é a mesma que ele quer ter. Apego-me à certeza de que o arrependimento por tentar pesa bem menos do que o de não tentar. Como meu caminho anda incerto e eu ando caminhando entre curvas fechadas que não me permitem uma visão do que há pela frente, decidi, então, seguir no embalo. Pelo menos por um tempo precisa ser assim. Não é fácil para quem sempre desenhou a vida, aguardar que a vida se desenhe como quer. Os aprendizados são muitos. E vou voltando no tempo... Revejo cenas que não protagonizaria, reescrevo falas, sinto por coisas ditas e outras não ditas, releio trechos que não deveria ter escrito e sinto pelos que não escrevi, reinterpreto gestos e olhares e percebo quantas vezes minha sensibilidade me abandonou. Decidi abrir a cortina e fazer diferente. E tenho feito assim. Quero ser mais generosa e altruísta. Quero ser livre e libertar. Correntes não me foram úteis. Preciso reformular conceitos. Ter tolerância sem ser idiota. Ter paciência sem perder tempo. Fazer investimento conhecendo o risco. Nunca mais posar de vítima, porque quem está ganhando hoje pode perder amanhã e quem está perdendo pode ganhar.Quero meu coração limpo. Quero distância de cobranças, julgamentos, ciúmes, apegos. Quero só afetos. E certeza nenhuma porque é assim que é.
Mas a chance que o coração concede é a mesma que ele quer ter. Apego-me à certeza de que o arrependimento por tentar pesa bem menos do que o de não tentar. Como meu caminho anda incerto e eu ando caminhando entre curvas fechadas que não me permitem uma visão do que há pela frente, decidi, então, seguir no embalo. Pelo menos por um tempo precisa ser assim. Não é fácil para quem sempre desenhou a vida, aguardar que a vida se desenhe como quer. Os aprendizados são muitos. E vou voltando no tempo... Revejo cenas que não protagonizaria, reescrevo falas, sinto por coisas ditas e outras não ditas, releio trechos que não deveria ter escrito e sinto pelos que não escrevi, reinterpreto gestos e olhares e percebo quantas vezes minha sensibilidade me abandonou. Decidi abrir a cortina e fazer diferente. E tenho feito assim. Quero ser mais generosa e altruísta. Quero ser livre e libertar. Correntes não me foram úteis. Preciso reformular conceitos. Ter tolerância sem ser idiota. Ter paciência sem perder tempo. Fazer investimento conhecendo o risco. Nunca mais posar de vítima, porque quem está ganhando hoje pode perder amanhã e quem está perdendo pode ganhar.Quero meu coração limpo. Quero distância de cobranças, julgamentos, ciúmes, apegos. Quero só afetos. E certeza nenhuma porque é assim que é.
Cair
no vácuo privou-me temporariamente da racionalidade. Sigo sem
ela. Não vejo outra escolha. Sei o que não quero, sem saber o que quero. Mas
estou tranqüila porque sigo me mantendo fiel à pessoa mais importante que há:
eu. Quando quase tudo o que era deixa de ser, leva-se um tempo até se nortear.
Eu estou nesse tempo. Olho no espelho e me estranho. Com o tempo a gente se
perde ou é o tempo que se perde na gente? Escrever me recoloca no mundo. É a
minha forma de estar. Assim, volto a encontrar-me com aquilo que é de fato meu.
Só meu. Ninguém jamais poderá me tirar. Porque escrever sou eu. Por enquanto é
só isso que sei.