Em 2011 me perdi e me achei. De tão perdida, descobri em mim, meu porto seguro. Acreditei ser mais importante do que
de fato era para os outros, e deixei de lado a imensa importância que tenho
para mim.
No fim, aprendi mais que ensinei:
Aprendi que gratidão liberta
Aprendi que uma vida com reticências pode ser mais
dolorida que uma vida com ponto final
Aprendi que ao julgar o outro perco a chance de me
tornar melhor
Aprendi que quanto mais confortável a posição do
assento, maior a chance de cochilar e esborrachar no chão
Aprendi que pessoas “quase” desconhecidas podem
ser anjos da guarda
Nada é tão ruim que não possa piorar
O que parecia ser não era
A vida sempre continua apesar de seus problemas
Mágoa é veneno poderoso que destrói sentimentos
tão intensos que pareciam imortais
Relações pedem redes de proteção, por mais que
pareçam seguras
Certifiquei-me do que já desconfiava:
Deixar-se enganar com palavras é muito fácil,
portanto atenção aos pequenos gestos
Família é quem te acolhe primeiro para só depois
te pedir algo
Amigo é quem se deita no chão para alcançar sua mão
lá no fundo do poço
Amar é querer ficar ao lado
E, era mesmo verdade o que eu ouvia falar:
Decepção realmente não mata e, de fato, ensina a
viver
Filhos, incondicionalmente amados são do mundo
Dinheiro é fundamental para que alguns
relacionamentos sobrevivam
Sou do tamanho que me vejo
Nascemos e morremos sozinho, o que significa que
não dependemos de ninguém
Em 2011 voei como papel ao vento, escorreguei em
chão de sabão, tive a experiência de queda livre. No fim, apesar dos hematomas no
corpo, na alma e nos sonhos, consegui abrir meu pára-quedas. Não pousei ainda
porque estou escolhendo cuidadosamente um lugar.
E o que desejo a todos é exatamente isso, que
consigam acionar seu pára-quedas depois de um salto inesperado, porque a vida
sempre continua. E que Deus nos abençoe a todos! Feliz 2012!