Sábado assisti a um
filme que me fez repensar até onde o sexo é termômetro do amor.
A protagonista é
injustamente envolvida em uma questão judicial e tem um desses encontros do
destino com um subdelegado que lhe oferece ajuda, e, acaba se apaixonando por ela.
Casado e pai de duas meninas confessa-lhe que vive um casamento falido há mais
de quatro anos. Ela então lhe pergunta quando foi que ele percebeu que o
casamento tinha acabado (aposto que, assim como eu, a maioria se enganou,
achando que a pergunta dela seria algo do tipo: porque ainda não se separou ou quando pensa em se separar?).
E ele responde:
_Quando passei a ter vontade de lhe dar beijo só na bochecha, e deixei
de desejá-la, não queria mais fazer amor com ela.
_E não vai me dizer que deixou de fazer sexo com ela há quatro anos?
_Fazemos sexo sim... Raramente e é insatisfatório. Não gosto mais de
ouvir o som de sua voz em meu ouvido e nem de sentir o seu cheiro. E no início
era tão bom...
_Porque acha que tudo mudou? Ela mudou? Você mudou?
E ele arremata dizendo
que não sabe explicar, pois sempre foram e continuam sendo grandes parceiros na vida, e, que apesar de
não gostarem exatamente das mesmas coisas, sempre se respeitaram e raras vezes
brigaram nesses 10 anos de casado. A moça, confusa, lhe diz que não entende...
Acho que amor não foi
feito para ser entendido, como cantou Renato Russo “...quem inventou o amor, me
explica, por favor...”
Seria óbvio que um casal
que se manteve tão bem entrosado há 10 anos, continuasse também com a chama do
desejo acessa, não seria?
Mas... “...quem inventou o
amor, me explica, por favor...”